sexta-feira, 24 de dezembro de 2021

Rosana - Coração Selvagem (1987) / Onde O Amor Me Leva (1989)

 

Se você conheceu Rosana (atualmente, Rosana Fiengo) com o estrondoso LP "Coração Selvagem", talvez não soubesse que a cantora já estava na estrada há um bom tempo. Em 1983, essa paulista já tinha lançado um álbum pela RCA e, antes dele, diversos singles, o mais antigo em 1978.

Dona de uma extensão vocal arrasadora, Rosana recebeu críticas negativas ao longo da carreira. Em 1981, por exemplo, após participar do concurso MPB Shell,  reportagens na mídia impressa afirmaram que ela nunca faria sucesso no Brasil, uma vez que sua voz estava mais para a de uma cantora "elitizada" de jazz.

Óbvio que a previsão não se confirmou. Mas se Rosana ainda não era tão conhecida do grande público até então, este LP de 1987 abriu as portas para a artista. Tudo graças à inclusão de "Nem Um Toque" na trilha sonora de Roda de Fogo, novela da Globo. A faixa foi incluída meio que por acaso e, de repente, as FMs não paravam de tocá-la. Rosana, que estava nos EUA na época, voltou às pressas para participar de inúmeros programas de TV e divulgar o novo disco. 

Outros hits se seguiram a este: a acalentadora "Bem-Me-Quer", de Michael Sullivan e Paulo Massadas, traz uma letra delicada e uma melodia que vai de encontro a ela ("(...)Voa, voa, meu menino, faz de mim o seu destino/Chega num abraço pra ficar (...)"), o megassucesso "O Amor e o Poder", versão de "The Power of Love" e que foi tema da novela global Mandala. Com "O Amor e o Poder", Rosana definitivamente foi colocada no topo do pódio, tendo suas música em primeiro lugar por cinco semanas consecutivas em todas as paradas de sucesso brasileiras. 

"Tudo É Vida", gravada em Nova York, foi escrita por Gregory Abbott em parceira com Sullivan e Massadas, e Rosana entra num dueto fantástico com o cantor americano. A música começa em português, passando para o inglês na segunda parte, em arranjos bem feitos e ótimos vocais, sendo um dos destaques do LP. Esta edição traz uma faixa bônus, a "Everything Is Love", que só tinha saído nas fitas K-7, onde os versos cantados por Rosana também estão em inglês.

O segundo álbum abre com o hit "Amor Dividido", versão de "Without You", de Lamont Dozier, e originalmente interpretada por Peabo Bryson e Regina Belle. Curiosamente, a gravação de Rosana ficou mais conhecida no Brasil e ganhou as FMs nesta versão de Cláudio Rabello.  Aliás, Cláudio Rabello foi também o responsável por outras belíssimas canções deste CD, dentre elas "Cidadã do Mundo" e a doce "Direto No Olhar", esta em parceria com Nico Rezende.

Dois discos maravilhosos e devidamente trabalhados digitalmente para você voltar no tempo. O primeiro LP já havia aparecido aqui no blog em uma qualidade inferior; aproveite agora esta nova edição! 


Cd 1

01- Coração Selvagem    [03:29]

02- Bem-Me-Quer    [04:18]

03- Bole Bole    [03:14]

04- Custe O Que Custar    [04:01]

05- Princípio Do Amor    [03:33]

06- O Dom Do Nosso Amor (Lovin' You)    [04:02]

07- Tudo É Vida (Everything Is Love)    [05:15]

08- O Amor e o Poder (The Power Of Love)    [04:07]

09- Em Nome Da Paixão    [04:43]

10- Uma Paixão    [03:40]

11- Nem Um Toque    [05:10]

12- Everything Is Love (Tudo É Vida)  [Bônus Track]  [05:08]


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Cd 2

01- Amor Dividido    [04:23]

02- Cidadã Do Mundo    [04:29]

03- Nós Dois    [04:35]

04- Jogo Perigoso    [03:31]

05- Direto No Olhar    [04:24]

06- Um Homem Não É Um Nome    [03:45]

07- Pessoa Certa    [04:21]

08- Batida de Amor    [03:28]

09- Onde O Amor Me Leva    [04:48]

10- Só Do Amor Me Tocar    [05:03]


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quarta-feira, 8 de dezembro de 2021

Moraes Moreira - Mestiço É Isso / Bahiano Fala Cantando (1988)

 

Estes são dois brilhantes LPs do cantor bahiano Moraes Moreira. O primeiro, "Mestiço É Isso", já apareceu aqui no blog, mas volta em CD em uma outra edição. "Mestiço É Isso" é responsável pelo estrondoso sucesso "Sintonia" ("Deixa eu penetrar na tua onda/Deixa eu me deitar na tua praia/Que é nesse vai-e-vem, nesse vai-e-vem/Que a gente se dá bem/Que a gente se atrapalha..."), canção que serviu para trazer o som de Moraes para outros nichos. O LP trouxe também umm pout-pourri (ou medley, se preferir)que inclui "Boca do Balão", "Festa do Interior", "Lenda de São João", "Chame Gente" e "Bloco do Prazer". 

Do segundo disco, o carro-chefe  é, sem dúvida, a faixa de abertura "Por Que Parou, Parou Por Quê".  A música rodou as FMs do país com Moraes cantando "parei porque vi violência, parei porque vi confusão" que, com toque nordestino e bons riffs de guitarra, pede uma pausa na violência, tanto de um modo geral, quanto contra a mulher ("(...)Pega no cabelo dela, maluco/Pega mas não puxa, não (...)").

O "swingado" gostoso de "Verão na Bahia" é um convite para se morar na Bahia, para curtir o melhor daquela estado e, claro, o seu verão. A romântica "Mais Que Palavras" te carrega numa brisa suave de paixão, permitindo que você sinta cada verso que sai docemente na voz do cantor. O leve toque de uma antiga "rock-balada" foi um tiro certeiro dos compositores Fred Goes e Moreira. E não dá pra não mencionar o forró "Barato Cucaracha", que é pra levantar mesmo o astral!

Dois discos raríssimos para se ouvir inteiro!


Cd 1

01 - Salvador é um Porto Seguro    [04:06]

02 - Sintonia    [04:32]

03 - Pernambuco, Jamaica e Bahia    [03:05]

04 - Desejos Manifestos    [04:08]

05 - Vai À Forra No Forró    [03:18]

06 - Bloco do Povo    [03:30]

07 - Petrolina E Juazeiro    [03:52]

08 - Morena Absoluta    [02:14]

09 - Outros Meninos    [03:44]

10 - Pout Pourri : Viva São João e o Carnaval    [05:06]

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Cd 2

01 - Por Que Parou, Parou Por Quê    [02:59]

02 - Calundú    [03:23]

03 - Verão na Bahia    [03:14]

04 - Lambe-Lambe    [03:43]

05 - Mais Que Palavras    [03:51]

06 - Som do Sonho    [04:18]

07 - Barato Cucaracha    [03:13]

08 - Lambada de Amor Não Dói    [03:56]

09 - Todo Pôncio É Um Pilatos    [03:36]

10 - Camelo Elétrico/Pelô Patrimônio    [03:43]


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quinta-feira, 25 de novembro de 2021

Vários Artistas - Love Flashback 4 (2000)

 

Este é mais um CD da coleção "Love Flashback", com mais relíquias em forma de música. O grupo  americano The Manhattans está na estrada desde o começo da década de 60 e emplacou diversas canções românticas, mas esta "Forever By Your Side", do álbum homônimo de 1983 é, sem dúvida, um marco na história do grupo. Curiosamente, não teve grande repercussão nos EUA, mas por aqui ganhou destaque nacional ao integrar a trilha sonora da novela global "A Gata Comeu", e muita gente aprendeu a cantarolar a música. Ela chegou a receber uma versão em português, "Pra Sempre Vou Te Amar", interpretada pela cantora Adriana, que também virou sucesso.

A separação de um casal serviu de tema para a belíssima "On My Own", nas vozes de Patti LaBelle e do ex-Doobie Brothers Michael McDonald. A música é tão bonita e cai tão bem para compor um clima romântico que você até se esquece de que se trata de um tema tão doloroso, graças, em boa parte, aos talentosos compositores Burt Bacharach e Carole Bayer Sager. Bacharach é autor de estrondosos sucessos por aí, dentre eles "Say A Little Prayer" e "(They Long To Be) Close To You"; Bayer Sager, por sua vez, possui outro tanto: "Nobody Does It Better" (conhecida na voz de Carly Simon), "Love Power" (na voz de Dionne Warwick) e "The Best That You Can Do" (Christopher Cross). Bacharach e Bayer Sager foram casados de 1982 a 1991. Inicialmente, a música seria apenas de Patti, mas ela optou por um dueto e chamou McDonald para cantar com ela. O duelo de vozes impulsionou o romantismo da faixa para o segundo lugar da UK Singles e para o primeiro da Billboard Hot 100.

O escocês Jim Diamond é mais conhecido por "I Should Have Known Better", mas "Remember I Love You" se mantém fiel ao seu estilo. Aqui, o autor lembra sua amada que, mesmo nos momentos em que as coisas vão mal, ela precisa se lembrar de que ele a ama e que desistiria de tudo por ela.

A tocante "Is This The End" projetou os meninos do New Edition para o cenário pop mundial. Formado, inicialmente, por Bobby Brown (que, muitos anos mais tarde, se casaria com Whitney Houston), Ralph Tresvant, Ricky Bell, Michael Bivins e Ronnie DeVoe (os três últimos formariam o grupo de hip hop Bell Biv DeVoe mais tarde, nos anos 90), os garotos foram os felizes ganhadores de um concurso de talentos local e, dali, foram gravar seu primeiro LP, "Candy Girl", que saiu em 1983 pelas mãos dos astutos produtores Arthur Baker e Maurice Starr (que também esteve por trás do New Kids On The Block). Embora não tenha conseguido as melhores colocações nas paradas, a música cativa pelo contraste das vozes graves e agudas dos meninos, então em torno de seus 14 anos, já cantando a decepção de um amor que chega ao fim - e perguntam, incrédulos: "É este o fim?". Felizmente, os singles posteriores tiveram melhor desempenho, mas "Is This The End" continua sendo uma das melhores canções já feita.

Lucifer foi uma banda holandesa de pop/folk formada em 1972, onde a voz da vocalista Margriet Eshuijs era, sem dúvida, o seu grande trunfo. O sucesso veio com o LP de 1975 "As We  Are", que passou despercebido pelo Brasil. Mas o seguinte, de 1977, trouxe "Self Pity", que foi um estrondo! O título do LP, no entanto, causou certa confusão para quem não conhecia a banda: na capa, constava tanto o nome "Lucifer" quanto "Margriet" (o nome da vocalista). Os desavisados foram levados a pensar que "Lucifer" era o nome do álbum da cantora, quando na verdade era o contrário - mas o título "Margriet", obviamente, foi adotado pela gravadora EMI já com a intenção de lançá-la em carreira solo o que, de fato, aconteceu na sequência, pondo fim à banda com apenas dois discos lançados. 

"Self Pity" é, provavelmente, a melhor canção já feita pelo grupo, de autoria da própria Margriet, tocante na melodia e na letra.  Nela, a cantora se ressente do relacionamento que está apenas machucando a ambos dia após dia ("Love and friendship slipped away/Hurting us every day") e, quando decidem se separar, até o sentimento de pesar pelo fim da relação não corresponde à realidade, sendo apenas uma demonstração de autopiedade ("The tears that flow are not real/It's from self pity/That we've still").  

A banda de Margriet não foi a única a ter esse nome. Há outra, também chamada Lucifer, porém da vocalista Johanna Sadonis,  formada em 2014 e ainda em atividade, sob as asas do heavy metal.

"We Can Last Forever", do Chicago, é do álbum de 1988 "Chicago 19", que foi tão bem recebido nas paradas quanto o disco anterior. Jason Scheff, vocalista que assumiu os vocais em substituição a Peter Cetera dois anos antes, segura a faixa com maestria, além de tê-la escrito em parceria com o renomado compositor John Dexter.

"Blue Moon" já teve diversas regravações, indo desde o jazz de Billie Holiday e do pop de Elvis Presley até o romantismo de Mel Tormé. A mais conhecida no Brasil acabou sendo com o grupo The Marcels, que deixou a música mais acelerada! Neste CD, a gravação é com The Mavericks, um grupo country que mistura notas de rock n' roll às canções. Aqui, entoaram a baladinha com suavidade e trejeitos pop.

Outros destaques ficam por conta de "This Time I'll Be Sweeter", de Linda Lewis, o pop "Rush, Rush", da Paula Abdul, e "Paradise", uma música não tão conhecida dos Bee Gees.


01- Joan Armatrading - Down To Zero    [03:50]

02- Manhattans - Forever By Your Side    [04:23]

03- Pussycat - Georgie    [02:26]

04- Chicago - We Can Last Forever    [03:44]

05- The Mavericks - Blue Moon    [03:59]

06- Shakin' Stevens - Give Me Your Heart Tonight    [02:59]

07- The Hollies - Give Me Time    [03:08]

08- New Edition - Is This The End    [04:09]

09- Patti Labelle & Michael McDonald - On My Own    [04:42]

10- Bee Gees - Paradise    [04:12]

11- Jim Diamond - Remember I Love You    [03:21]

12- Paula Abdull - Rush Rush    [04:17]

13- Lucifer - Self Pity    [04:11]

14- Linda Lewis - This Time I'll Be Sweeter    [03:41]

15- Rej Stone - We Do It    [03:14]

16- Earl Grant - The End    [02:33]

17- Danny Rush - Is It OK If Call You Mine    [03:04]


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sábado, 6 de novembro de 2021

Guilherme Arantes - Lance Legal (2012)

 

É inegável que Guilherme Arantes tem um talento especial para compor pop, seja uma baladinha romântica como "Sob o Efeito de Um Olhar", seja algo mais intenso, como "Deixa Chover". Esta coletânea de 2012 traz estes e outros sucessos deste cantor e compositor paulistano. 

As músicas mais conhecidas estão aqui, como "Um Dia, Um Adeus", "Pedacinhos", "Coisas do Brasil", "Planeta Água" e, claro, "Cheia de Charme", que abre o CD. E há outras quatro canções nem tão conhecidas assim, como "Coração", "Orquídea", "Lendas" (belíssima, com um toque de metais muito bem vindo) e "Luz e Som", todas do álbum "Crescente", que são composições inspiradas, mas não alcançaram o estrelato. 

"Sob o Efeito de Um Olhar" é uma obra-prima. Não bastasse a grandiosidade da melodia, a letra retrata um clima de romantismo perfeito, com o bônus dos solos de saxofone de Leo Gandelman. "Amanhã", do LP de 1977, aparece praticamente na íntegra aqui, com seus quase 8 minutos, diferente do visto na coletânea de 1987 de mesmo nome. Em "Amanhã", a primeira parte é bem pop, e a segunda emenda um "duelo" vocal bem interessante! E o clássico "Deixa Chover" traz uma mensagem no melhor estilo "se está na chuva, é pra se molhar", mostrando que nem sempre se consegue o que se quer, mas é preciso encarar as adversidades de peito aberto, com aquele fogo dentro do peito "que nada vai apagar".

Pois é, nada apaga o sucesso desse cara!


01- Cheia De Charme    [04:18]

02- Coisas Do Brasil    [04:08]

03- Deixar Chover    [03:44]

04- Um Dia, Um Adeus    [04:49]

05- Lance legal    [04:02]

06- Sob O Efeito De Um Olhar    [04:42]

07- Luz E Som    [04:29]

08- Pedacinhos (Bye, Bye, So Long)    [03:11]

09- Coração    [03:40]

10- Amanhã    [07:30]

11- Orquídea    [03:21]

12- Planeta Água    [05:53]

13- Lendas    [04:10]

14- Meu Mundo E Nada Mais    [03:04]


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quarta-feira, 13 de outubro de 2021

Vários Artistas - Festa Mix 3 (1993) / Dance Party (1995)

 

Estas são duas coletâneas que retratam a dance music dos anos '90. A primeira saiu pela Som Livre em 1993; a segunda é um bootleg que surgiu nas lojas do ramo em 1995 trazendo os hits do momento. Apesar do "Printed in USA" cravado na contracapa, tratava-se de um CD genuinamente brasileiro e não-oficial (tanto que não havia menção a nenhuma gravadora ou copyright no verso). Mesmo assim, era comercializado livremente.

"Festa Mix" trouxe o grande sucesso "It's My Life", de Dr. Alban (que, mais tarde, voltaria às paradas com "Sing Halleluja"). O hit foi muito elogiado pela Billboard Magazine na época, dizendo que o rapper havia alcançado o seu melhor com a faixa. Não à toa, chegou ao Top 10 em vários países.

As meninas do The Cover Girls estavam na crista da onda com seu "Wishing On A Star" - uma regravação de um antigo sucesso do grupo Rose Royce - que, aqui, chegou numa versão remixada para as pistas, que ficou sensacional.

"A Si Me Gusta A Mi", do espanhol Chimo Bayo, é um pancadão eletrônico que fez bastante sucesso na Espanha, na Grécia e em alguns países da América do Sul - no Brasil, podia ser ouvido semanalmente num dos quadros do programa "Viva A Noite", do SBT, apresentado por Gugu Liberato.

Os italianos do Double You aparecem num Megamix que reune "Please Don't Go", "We All Need Love", "Who's Fooling Who" e "With Or Without You". O CD ainda traz megamixes do brasileiro DJ Memê e o hit de MC Hammer "Too Legit To Quit".

O segundo disquinho traz mais hits que estava rolando nas FMs  e danceterias. O quarteto Ace of Base abre o CD com um remix longo de 10 minutos de "Living In Danger". Presente no álbum "Happy Nation", esta versão deixa de lado o reggae para cair na pura dance music (ficando bem melhor que a original). Os alemães do projeto Intermission, depois de brilharem com "Piece of My Heart", surgem com esta "Six Days". Os vocais de Lori Glori são destaque nas faixas do projeto mas, mesmo assim, esta música não passou da posição 80 nas paradas inglesas.

Os italianos do Netzwerk começaram no cenário dance com o single "Send Me An Angel", com Sandra Chambers nos vocais. Em "Passion", a voz poderosa é de Simona Jackson, que contribuiu para que a música chegasse ao número 9 na Itália. Falando em Itália, a americana de origem italiana Taleesa (que emplacou "Because The Night" com o grupo Co.Ro) aparece nessa compilação com "I Found Luv" que, com sua voz forte, fazia as pistas estremecerem.

O CD ainda traz o misto flamenco dançante "Right In The Night", o pessoal do Fun Factory com "Take Your Chance" e Gloria Estefan com a regravação de "Turn The Beat Around".

Dois CDs que valem a pena!


Cd 1

01 - L.A. Style - I'm Raving - O Si Nene (extended mix)    [05:40]

02 - The Movement - Jump (Super long mix)    [06:41]

03 - Chimo Bayo - A Si Me Gusta A Mi    [06:28]

04 - Dr. Alban - It's My Life    [04:07]

05 - DJ Memê - Party Mix III    [03:42]

06 - Double You - Double You Megamix     [07:56]

07 - The Cover Girls - Wishing On A Star (12'' mix edited)    [05:22]

08 - Hammer - Too Legit To Quit    [04:31]

09 - Opus III - It's A Fine Day    [04:25]

10 - Cheb Memê feat. Cheb Alexis - Kibe-Lezah    [04:15]


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Cd 2

01 - Ace of Base - Living In Danger    [10:07]

02 - Donna Summer - Melody Of Love (I Wanna Be Loved)  [08:05]

03 - Intermission - Six Days  [05:25]

04 - Netzwerk - Passion         [06:02]

05 - DJ Duck & Dr. Fish - Oh, Pretty Woman    [06:10]

06 - Fun Factory - Take Your Chance    [05:50]

07 - Taleesa - I Found Luv    [05:12]

08 - Da Blitz - Take My Way    [05:43]

09 - Jam & Spoon feat. Plavka - Right In The Night    [07:18]

10 - Gloria Estefan - Turn The Beat Around    [03:50]

11 - CJ. Lewis - Best Of My Love    [04:07]

12 - Perfect Style - Diana    [05:22]


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domingo, 3 de outubro de 2021

The Beatles - The Beatles [The White Album] (1968, remasterizado em 2018)

 Este foi um disco meio difícil de ser feito. Os membros da banda já não estavam mais se entendendo como antes. A entrada de Yoko Ono no circuito contribuiu para aumentar a tensão entre eles, principalmente com John Lennon, que queria mais tempo para realizar alguns trabalhos com sua esposa. Na ânsia de entregar as gravações ainda previstas em contrato, o grupo produziu dois LPs, que se tornaram esse "The Beatles" (álbum duplo que ficou mais conhecido como "The White Album", por motivos óbvios).  A capa, bem simples, traz apenas o nome  da banda em relevo, sem muito sombreado, o que torna quase impossível de se perceber que há algo escrito ali.

O CD abre com "Back In The U.S.S.R.", um rock n' roll cujos vocais nas pontes lembram os Beach Boys. A faixa  começa com o som  de um avião pousando e, ao final da música, ouve-se o avião decolando, deixando o som se fundir com a faixa seguinte, "Dear Prudence". "Dear Prudence" é uma baladinha simpática e, ao mesmo tempo, envolta num certo mistério, cujo ritmo é acelerado aos poucos na parte final, para depois terminar com o andamento inicial.

"Ob-La-Di, Ob-La-Da" é uma expressão que significa "a vida continua" (o "life goes on" dito no refrão) e que era falada frequentemente por Jimmy Scott, um cantor e músico jamaicano (que vivia em Londres), que  chegou a tocar com diversos artistas, dentre eles Stevie Wonder e The Rolling Stones. Paul conheceu Scott na década de 60 durante apresentações em casas noturnas e decidiu usar a expressão numa música. A faixa se tornou um alegre pop com elementos jamaicanos que conta a história de Molly, vocalista de uma banda, e Desmond, que a encontra no mercado. Ele compra um anel de ouro 24 quilates para ela, se casam e, em alguns anos, constroem uma casa, onde seus filhos passam a brincar. Uma narrativa bem bacana para uma canção animada.

"Revolution 1" é, basicamente, a faixa "Revolution" (que havia saído antes no single "Hey Jude") com o andamento mais lento. É bacana, mas a versão que ganhou as paradas de sucesso foi a primeira.

"Revolution 9" não tem nada a ver com a "Revolution 1". Lennon disse que esta era a música do futuro. Ele só não disse em qual futuro ela seria considerada como tal, já que está mais para uma colagem de sons do que música propriamente dita, apesar dos elementos orquestrais distorcidos e de um delicado piano no início, enquanto a frase "number nine" (numero nove) é repetida em vários trechos de seus longos 8 minutos. Acabou se tornando uma faixa, no mínimo, curiosa.

"Good Night" é justamente o oposto de "Revolution 9". De uma delicadeza ímpar, orquestra e banda se fundem com o objetivo de tocar o mais profundo sentimento, aquele guardado lá no cantinho, ao ponto em que nos remete a uma canção de ninar. Outros destaques deste álbum ficam por conta de "Martha My Dear", "Blackbird", o rock "Helter Skelter" e a faixa de George Harrison "While My Guitar Gently Weeps".

Esta edição remasterizada de 2018 traz os dois CDs que integravam os discos originais mais as demos gravadas na casa que George Harrison tinha em Esher, no condado de Surrey - e que, por esse motivo, aparece com o título de "Esher Demos". As faixas dos discos originais foram mixadas novamente, sob a supervisão de Giles Martin (filho de George Martin que, originalmente, produziu o LPs), com o auxílio de uma equipe de engenheiros especializada em restauração.

Este não é o melhor álbum dos Beatles; longe disso, mas é uma relíquia para ser apreciada e, ainda assim, contém faixas memoráveis. É pra curtir.


Cd 1

01- Back in the U.S.S.R    [02:44]

02- Dear Prudence    [03:54]

03- Glass Onion    [02:17]

04- Ob‐La‐Di, Ob‐La‐Da    [03:08]

05- Wild Honey Pie    [00:53]

06- The Continuing Story of Bungalow Bill    [03:14]

07- While My Guitar Gently Weeps    [04:45]

08- Happiness Is a Warm Gun    [02:44]

09- Martha My Dear    [02:28]

10- I’m So Tired    [02:03]

11- Blackbird    [02:18]

12- Piggies    [02:04]

13- Rocky Raccoon    [03:33]

14- Don’t Pass Me By    [03:50]

15- Why Don’t We Do It in the Road    [01:41]

16- I Will   [01:45]

17- Julia    [03:00]

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Cd 2

01 - Birthday    [02:43]

02 - Yer Blues    [04:01]

03 - Mother Nature’s Son    [02:47]

04 - Everybody’s Got Something to Hide Except Me and My Monkey    [02:24]

05 - Sexy Sadie    [03:15]

06 - Helter Skelter    [04:29]

07 - Long, Long, Long    [03:06]

08 - Revolution 1    [04:15]

09 - Honey Pie    [02:41]

10 - Savoy Truffle    [02:54]

11 - Cry Baby Cry    [03:01]

12 - Revolution 9    [08:20]

13 - Good Night    [03:17]

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Cd 3

01 - Back in the U.S.S.R    [03:00]

02 - Dear Prudence    [04:47]

03 - Glass Onion    [01:55]

04 - Ob‐La‐Di, Ob‐La‐Da    [03:10]

05 - The Continuing Story of Bungalow Bill    [02:40]

06 - While My Guitar Gently Weeps    [02:41]

07 - Happiness Is a Warm Gun    [01:55]

08 - I’m So Tired    [03:10]

09 - Blackbird    [02:34]

10 - Piggies    [02:05]

11 - Rocky Raccoon    [02:44]

12 - Julia    [03:56]

13 - Yer Blues    [03:31]

14 - Mother Nature’s Son    [02:24]

15 - Everybody’s Got Something to Hide Except Me and My Monkey    [03:03]

16 - Sexy Sadie    [02:26]

17 - Revolution    [04:06]

18 - Honey Pie    [01:59]

19 - Cry Baby Cry    [02:27]

20 - Sour Milk Sea    [03:43]

21 - Junk    [02:36]

22 - Child of Nature    [02:37]

23 - Circles    [02:16]

24 - Mean Mr. Mustard    [02:05]

25 - Polythene Pam    [01:26]

26 - Not Guilty    [03:05]

27 - What’s the New Mary Jane    [02:45]


domingo, 26 de setembro de 2021

George Harrison - The Best Of (1976) / Best of Dark Horse 1976–1989 (1990)



O ex-Beatle George Harrison, antes mesmo do grupo se desfazer, já havia lançado dois álbuns solo, basicamente instrumentais, com influências indianas. Com o fim dos Beatles, Harrison lançou em 1970 o seu primeiro grande disco, que se tornaria conhecido no mundo todo e chegaria ao topo das paradas: o LP triplo "All Things Must Pass" (algo como "Tudo passa"). Dele, George tirou o seu single número 1 "My Sweet Lord". A música é praticamente um hino de louvor, de alguém que realmente deseja estar em contato com Deus. O segundo single, "What Is Life", ficou no "Top 10" em diversos países, e é um misto de soul e rock que, animadamente, pergunta o que seria a vida sem o amor de sua garota. "My Sweet Lord" e "What Is Life" fazem parte da primeira coletânea, que compreende a carreira do cantor até o ano de 1976.

Este CD também traz outro single que chegou à posição de número 1, "Give Me Love (Give Me Peace On Earth)", que é quase uma prece pessoal, onde ele pede a Deus paz, amor e que Ele segure "na sua mão para que ele possa entendê-Lo" ("Please take hold of my hand/That I might understand you"). A sofrida "Bangladesh" fala da situação precária do povo desse país do sul asiático que, na época, era um dos mais subdesenvolvidos do continente, com a maior parte da população passando fome. A música foi lançada em 1971 como single apenas,  com o objetivo de angariar fundos e ajudar o país (na sequência, George lançaria o LP ao vivo "Concert For Bangladesh", naquele mesmo ano).

Neste CD há também músicas que Harrison gravou com os Beatles, como "If I Needed Someone", "Here Comes The Sun" e a belíssima "Something" (regravada por diversos artistas ao longo dos anos).

A segunda coletânea traz as músicas lançadas pelo próprio selo de Harrison, o "Dark Horse", depois de 1976. "Blow Away" é um pop/rock simples e animado, que mostra que, mesmo nos momentos ruins, o melhor é ser otimista: "Day turned black, sky ripped apart/Rained for a year 'til it dampened my heart/Cracks and leaks/The floorboards caught rot (...)/I had almost forgot/All I got to do is to love you/All I got to be is, be happy" ("O dia escureceu, o céu se partiu / Choveu durante um ano até umedecer meu coração/Rachaduras e vazamentos / As tábuas do piso apodreceram (...) / Quase me esqueci / Tudo que tenho que fazer é te amar / Tudo que tenho que fazer é ser feliz").

"All Those Years Ago" é uma homenagem do artista ao seu ex-colega de banda John Lennon, morto no final de 1980. Harrison gravou a canção em 1981 com Ringo Starr na bateria e Paul McCartney, Linda McCartney e Denny Laine (da banda de Paul, The Wings) nos vocais de apoio. Ringo também tinha colocado sua voz na faixa, mas ela acabou sendo removida na edição final. A letra, inicialmente, não tinha nada a ver com John (ela seria usada futuramente em um projeto de Ringo), mas Harrison modificou-a para refletir os momentos vividos com o seu amigo. A música conseguiu as primeiras posições nas listagens da US Billboard Adult Contemporary, US Billboard Hot 100 e Canadian RPM Top Singles.

"When We Was Fab" é uma singela reflexão sobre os bons tempos da Beatlemania, quando o quarteto de Liverpool era conhecido como "The FabFour" (algo como "Os Quatro Fabulosos"). George escreveu a faixa com Jeff Lyne, da ELO (Electric Light Orchestra), e ambos se empenharam na produção.

Provavelmente a maioria das pessoas conhece "Got My Mind Set On You" na voz de George, mas este pop dançante não é do ex-Beatle, e sim de Rudy Clark, e foi gravada originalmente em 1962 por James Ray (num ritmo que puxava mais para o jazz, com trompetes e coral gospel). A versão de Ray nem sequer chegou às paradas, enquanto que a de George abocanhou o número 1 nos EUA e o número 2 no Reino Unido. A faixa teve a produção de Jeff Lyne, que também contribuiu com os vocais de apoio, tocou baixo e teclado. A letra narra o amor de forma bem humorada, dizendo que ele leva tempo, precisa de paciência e também de dinheiro. E o videoclipe veio para corroborar com essa ideia: um garoto, para conquistar uma menina numa loja de jogos, gasta diversas moedas para tentar "pescar", com um braço mecânico, uma boneca que está numa máquina em meio a diversos brinquedos. Ela já havia tentado, não conseguiu e desistiu e essa era a chance do rapaz de ganhá-la. Enquanto isso, ela assiste, em outra máquina, através de um pequeno display, um vídeo de Harrison cantando. Uma segunda versão do vídeo surgiu posteriormente, mas sem o intuito de refletir o espírito da música. "Got My Mind..." foi o último número 1 do artista.

"Love Comes To Everyone" conquista pela simplicidade, sendo uma canção de amor otimista que diz que, embora possa levar tempo, o amor chega para todos; a guitarra na introdução é de Eric Clapton. Zizi Possi apareceu, alguns anos depois, com uma versão em português, "O Amor Vem Pra Cada Um".

Dois CDs raros para entrar para sua coleção!


Cd 1

01 - Something    [03:03]

02 - If I Needed Someone    [02:23]

03 - Here Comes the Sun    [03:07]

04 - Taxman    [02:38]

05 - Think for Yourself    [02:21]

06 - For You Blue    [02:32]

07 - While My Guitar Gently Weeps    [04:47]

08 - My Sweet Lord    [04:39]

09 - Give Me Love (Give Me Peace on Earth)    [03:36]

10 - You    [03:42]

11 - Bangla Desh    [03:59]

12 - Dark Horse    [03:54]

13 - What Is Life    [04:16]


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Cd 2

01 - Poor Little Girl    [04:33]

02 - Blow Away    [03:59]

03 - That’s The Way It Goes    [03:33]

04 - Cockamamie Business    [05:16]

05 - Wake Up My Love    [03:32]

06 - Life Itself    [04:24]

07 - Got My Mind Set on You    [03:51]

08 - Crackerbox Palace    [03:56]

09 - Cloud 9    [03:14]

10 - Here Comes The Moon    [04:09]

11 - Gone Troppo    [04:24]

12 - When We Was Fab    [03:56]

13 - Love Comes to Everyone    [03:41]

14 - All Those Years Ago    [03:44]

15 - Cheer Down    [04:07]


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domingo, 12 de setembro de 2021

Henry Mancini - Breakfast At Tiffany's (Trilha Sonora do Filme) (1961)

O filme "Breakfast At Tiffany's" (no Brasil, "Bonequinha de Luxo") foi um grande sucesso do cinema no início dos anos '60, levando diversos prêmios, inclusive o de melhor canção (por "Moon River") e de melhor atriz (para Audrey Hepburn). O filme, uma comédia romântica "água-com-açúcar", tem um enredo bem simples, mostrando uma garota (Holly Golightly) que ganha a vida como acompanhante de luxo e de pequenos bicos, vivida por Audrey. Apesar disso, ela é bastante ingênua e todas as manhãs toma seu café numa cafeteria em frente à megajoalheria Tiffany's & Co., para esquecer de seus problemas, e vive num apartamento simples em Nova York. Seu sonho, para dar uma guinada de vez na vida, é casar-se com um milionário, mas seus planos começam a ir por água abaixo quando ela conhece Paul (vivido por George Peppard),  um jovem escritor mantido pela amante (mais velha que ele), que acaba de se mudar para o mesmo prédio.

Toda a trilha sonora foi escrita especialmente para o filme, inclusive a canção principal (e a melhor do CD) "Moon River". Composta por Henry Mancini e Johnny Mercer, a música ganhou o Oscar de Melhor Canção Original naquele mesmo ano. O primeiro minuto da música é instrumental, com os cantores de Mancini entrando depois, e seguindo até o final. A letra retrata a esfera de um sonhador, que deseja partir pelo mundo em busca daquilo que  almeja - e, nesse mundão, há muito o que se ver ("Two drifters/Off to see the world/There's such a lot of world to see") até que se alcance o tão sonhado "fim do árco-íris" ("We're after the same/Rainbow's end"). Música merecidamente premiada.

Diversos covers da música surgiram ao longo dos anos, sendo que uma das mais conhecidas foi a de Andy Williams, de 1962, embora Frank Sinatra também tenha feito a sua versão no mesmo ano. Há também uma gravação com a própria Audrey, que é ouvida no filme, mas que só saiu em CD na edição comemorativa de 50 anos.

Apesar de ter se tornado a canção mais famosa da trilha sonora, a música tema mesmo é "Breakfast At Tiffany's", muito gostosa de ouvir, conduzida com maestria por Mancini e seu coro de cantores.

"Mr. Yunioshi" foi escrita para o personagem Sr. Yunioshi, senhorio do prédio que, apesar de  japonês, era interpretado pelo americano Mickey Rooney, sem nenhuma ascendência oriental. Por conta disso, o ator precisou de muita maquiagem e prótese para entrar no papel. A belíssima "Holly" é tema da personagem central, música que inspira docilidade, romantismo e ingenuidade.  Em outras faixas, Mancini arriscou um ritmo latino, como "Loose Caboose" e "Something For The Cat".  

Este é um CD para relembrar um pouco do que Mancini era capaz de fazer.


01- Moon River    [02:40]

02- Something For Cat    [03:08]

03- Sally's Tomato    [03:06]

04- Mr. Yunioshi    [02:30]

05- The Big Blow Out    [02:27]

06- Hub Caps And Tail Lights (OST 'Breakfast At Tiffany's')    [02:29]

07- Breakfast At Tiffany's    [02:45]

08- Latin Golightly    [02:55]

09- Holly    [03:19]

10- Loose Caboose    [03:09]

11- The Big Heist    [03:07]

12- Moon River Cha Cha    [02:34]


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terça-feira, 31 de agosto de 2021

Andy Gibb - Shadow Dancing (1978)

 

Andy Gibb era o irmão mais novo de Barry, Robin e Maurice Gibb, os Bee Gees. A voz não negava o talento. Andy começou sua escalada musical ao ganhar um violão aos 13 anos de idade. No começo da década de 70, formou uma banda e, embora tenham gravado algumas demos e participado de programas de TV, o esperado LP nunca saiu. Andy chegou a se juntar a outro grupo quando o primeiro se dissolveu, mas também não chegaram a gravar nenhum single. Até que em 1975, Andy grava algumas demos e uma, em especial, vira um single de sucesso na Austrália e na Nova Zelândia, chegando à posição de número 20 das paradas de Sydney: era "Words And Music" que, mais tarde, viria a integrar seu primeiro LP, "Flowing Rivers". 

Sob a direção de Robert Stigwood, agenciador dos Bee Gees na época, Andy entrou em estúdio para trabalhar nas demos que possuía e, em 1977, saiu então o LP. O single "I Just Want To Be Your Everything" chegou ao primeiro lugar em diversos países, inclusive o Brasil.


Depois, em 1978, sai este "Shadow Dancing", o segundo LP, produzido por Barry.  Nele, romantismo e disco music andam juntos. Da parte dançante, "An Everlasting Love" flerta com o romantismo típico das músicas de Barry, ao mesmo tempo em que entra no ritmo contagiante da época. Apoiada em seus falsetes no backing vocal, melodia e letra servem para promover a ideia de um amor duradouro.

A faixa título foi composta pelos quatro irmãos, resultando numa disco cativante que funcionou muito bem para execução nas FMS. Não obstante, conseguiu a primeira posição na Billboard Hot 100 americana e ficou entre as 20 mais executadas em diversos países. Barry está nos vocais de apoio.

"Why" teve toda a melodia escrita por Andy, mas ele acabou enroscando na letra. Resolveu aproveitar o talento do irmão mais velho e pedir ajuda, já que, segundo ele próprio, estava há um mês tentando colocar uma palavras que se encaixassem na música, sem sucesso. Barry aceitou o desafio e esta acabou sendo, segundo o próprio, uma de suas preferidas do LP. Esta suave disco music, embora com potencial para ser um hit, não conseguiu chegar às paradas de sucesso. 

"One More Look At The Night" não foi um hit, mas deveria. Ela foi o lado B do compacto "Why", mas seu som contagiante é inspirador. Já na letra, ao contrário do que o som alegre parece sugerir, o artista implora para que sua amada não deixe todo esse amor morrer, mesmo sabendo que ela já decidiu seguir seu próprio caminho, deixando-o pensativo, enquanto contempla, solitariamente, a noite. Letra e música são do próprio Andy.

A estrela do LP é, sem dúvida, a romantississima "(Our Love) Don't Throw It All Away", escrita por Barry Gibb e pelo então tecladista da banda, Blue Weaver. Inicialmente, ela foi composta para Samantha Sang, que interpelou Barry durante uma viagem em que ambos estavam na França para que  ele fizesse uma canção para seu próximo disco. Barry fez esta e "Emotion" e mostrou-lhe ambas. Samantha optou por "Emotion" (que se tornou um megassucesso). Barry mostrou então "Don't Throw..." para seus irmãos. À época, os Bee Gees estavam gravando as músicas para o filme "Os Embalos de Sábado à Noite" ("Saturday Night Fever") e, decidiram incluí-la na trilha sonora. Quando as faixas ficaram prontas, perceberam que havia muito mais música do que comportaria o LP e várias precisaram ficar de fora, "Don't Throw..." entre elas. Barry, então, levou a faixa para Andy, que foi regravada, e que acabou se tornando um hit na voz do irmão mais novo, ficando entre as 10 primeiras colocações nos EUA e no Brasil. Curiosamente, no Reino Unido, ela obteve apenas a  32a posição.

A versão com os Bee Gees, embora gravada primeiro, acabou saindo dois anos depois, na coletânea "Greatest", de 1979. É muito semelhante à de Andy, já que Barry também cantou com ele nos vocais de apoio. Para a versão com Andy, no entanto, Barry adicionou alguns versos antes de começar a repetir o refrão que leva ao final da música, fazendo uma 'ponte' entre a segunda parte e a última: "We changed the world, we made it ours to hold/But dreams are made for those who really try/This losing you is real/But I still feel you here inside" (Nós mudamos o mundo, nós o tornamos nosso/ Mas os sonhos são feitos para aqueles que realmente tentam/Perder você é real/Mas eu ainda te sinto aqui dentro").  Embora tenha casado perfeitamente com o restante da canção, Blue Weaver, seu parceiro na autoria e arranjador da faixa disse, certa vez, que prefere a música sem o trecho adicional.

Uma raridade em CD.


01 - Shadow Dancing [04:36]
02 - Why    [04:31]
03 - Fool For A Night   [03:22]
04 - An Everlasting Love  [04:10]
05 - (Our Love) Don't Throw It All Away  [04:10]
06 - One More Look At The Night    [03:47]
07 - Melody              [04:03]
08 - I Go For You     [04:19]
09 - Good Feeling    [03:48]
10 - Waiting For You    [04:14]


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segunda-feira, 23 de agosto de 2021

Ray Conniff & The Singers - Another Somebody Done Somebody Wrong Song/Love Will Keep Us Together (1975)

 

Estes são dois grandes álbuns de Ray Conniff reunidos em um só CD, ambos de 1975. O gênero country permeia todo o disco mas, como de costume, Conniff emprega seu próprio estilo às melodias que estavam em voga na época. É caso de "(Hey Won't You Play) Another Somebody Done Somebody Wrong Song", de B.J. Thomas, que dá nome ao primeiro LP. A música com Thomas chegou à posição de número 2 na Billboard Hot 100 (e levaria o Grammy como melhor canção country no ano seguinte). Sem perder o ritmo original, Conniff empregou sua própria roupagem ao hit

"My Eyes Adored You" ficou conhecida na voz de Frankie Valli em 1974 e foi o primeiro single a sair no nome do então vocalista do The Four Seasons. Esta bela canção romântica ganhou um contorno mais acelerado com o artista, modificando a atmosfera sofrida da faixa original. O mesmo aconteceu com "The Best Of My Love", dos Eagles. Composta por Don Henley, Glenn Frey e J. D. Souther (sendo que Souther é um grande compositor, mas não faz parte do grupo), originalmente como um country lento, ela ganhou um contorno pop mais ritmado, tirando o clima melancólico da canção.

"Loving You" fez sucesso na voz de  Minnie Riperton e, com ela, chegou as primeiras posições da Billboard Hot 100."Only Yesterday", canção famosíssima dos Carpenters, conseguiu as melhores colocações em diversos países e Conniff manteve a atmosfera original da música, claro, com seu toque de classe, embora seja difícil superar a voz aveludada de Karen Carpenter. 

"Love Will Keep Us Together", que dá título ao segundo LP, é uma música de Captain & Tenille, duo americano que também fez muito sucesso com "Do That to Me One More Time" (que, na prática, é bem mais bonita do que esta). "Love Will Keep Us..." chegou ao número 1 em diversos países e saiu no álbum de estreia da dupla. Aqui, a faixa está num medley junto com "How Sweet It Is (To Be Loved By You)", de B.J. Thomas. "Midnight Blue" foi gravada por Melissa Manchester e chegou à sexta posição na Billboard Hot 100.

"Rhinestone Cowboy/Wildfire" é um medley bem interessante. A primeira música é do country-star Glen Campbell, que canta o sonho de se tornar uma estrela dos rodeios, com roupas cravadas de brilho e fazendo sucesso por onda passa. A música recebeu a certificação ouro pela RIAA (Recording Industry Association of America) pela venda de um milhão de cópias. Aos poucos, o clima alegre da primeira vai colocando os pés nos freios para dar lugar à segunda música, "Wildfire", também country, porém mais lenta, de Michael Martin Murphy. Aqui, ele conta que, numa noite fria, a pessoa que amava sumiu durante uma nevasca, deixando o pônei que cavalgava (o "Wildfire" do título) vagando sozinho. Mesmo assim, ele tem esperanças de reencontrá-la e cavalgarem juntos novamente. Depois de cantar praticamente inteira as duas canções, Conniff remete esta última novamente ao refrão da primeira, fazendo um casamento perfeito entre ambas até o final.

"Solitaire" é uma famosa canção de Neil Sedaka (e que também foi hit na voz dos Carpenters). Ela  brinca com a palavra do título que, em inglês, serve tanto para se referir ao jogo de cartas que, por aqui, é conhecido como paciência, quanto para designar alguém solitário. Assim, a letra diz que solitaire (ou paciência) "é o único jogo na cidade" e que "toda estrada que leva até ela o deprime" ("And solitaire's the only game in town/And every road that takes him/Takes him down"), enquanto canta a história de uma pessoa que perdeu seu amor por causa de seu próprio desinteresse ("..who lost his love/Through his indifference"). E, enquanto a vida continua, ele segue jogando "solitaire" ("While life goes on around him everywhere/He's playing solitaire"), isto é, continua sozinho.

A imortal "Feelings", do brasileiro Morris Albert (nascido Maurício Alberto Kaisermann), é uma das canções mais regravadas do mundo todo, mas esta versão está entre as melhores e, curiosamente, entre as mais raras de serem encontradas, mesmo nas diversas coletâneas de Conniff. 

"My Little Friend", do pianista Roy Budd e do letrista Sam Cahn, é um verdadeiro presente neste disco. Tema do obscuro filme "Paper Tiger" (de 1975), ela é bastante sentimental e brilhou mais que a película. Em "My Little Friend", o compositor demonstra seu apoio a um amigo que, provavelmente, passa por algum momento difícil, incentivando-o com palavras de esperança: "The darkest night has a star/A star that shines from afar/It's there wherever you are/My little friend" ("A noite mais escura tem sua estrela/Uma estrela que brilha lá longe/Ela está lá onde você estiver/Meu pequeno amigo"). Letra e melodia são magníficas.

O LP "Love Will Keep Us Together" já foi alvo de uma postagem do blog, mas a deste CD é uma versão remasterizada. Para os apaixonados pelo som de Ray Conniff.


01 - My Eyes Adored You    [02:44]

02 - The Best Of My Love    [03:20]

03 - He Don't Love You (Like I Do)    [03:47]

04 - Lovin' You    [02:32]

05 - Last Farewell    [03:32]

06 - (Hey Won't You Play) Another Somebody Done Somebody Wrong Song    [03:06]

07 - My Melody Of Love    [03:32]

08 - Only Yesterday    [03:33]

09 - Before The Next Teardrop Falls    [02:26]

10 - I Need You Baby    [02:56]

11 - On The Run    [03:16]

12 - Jackie Blue    [03:17]

13 - Please Mr. Please    [03:02]

14 - Midnight Blue    [03:05]

15 - Rhinestone Cowboy/Wildfire    [06:17]

16 - Feelings    [03:40]

17 - My Little Friend (Theme From 'Paper Tiger')    [02:39]

18 - I'm Sorry    [04:00]

19 - At Seventeen    [04:26]

20 - Solitaire    [03:40]

21 - Love Will Keep Us Together/How Seeet It Is (To Be Loved By You)    [05:01]

22 - Love Theme From An X-Rated Movie    [02:46]


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domingo, 1 de agosto de 2021

Jon Secada - Jon Secada (1992)

 

O cubano Jon Secada (nascido Juan Francisco Secada Ramírez) nasceu em Havana e  mudou-se para os Estados Unidos com sua família quando tinha aproximadamente 10 anos de idade. Sua família queria fugir da vida dura do regime ditatorial de Fidel Castro e acabaram se instalando em Miami, onde abriram uma cafeteria. Com o tempo, o pequeno Juan foi percebendo que tinha dom para a música e, em 1986, concluiu seu mestrado em música pela  Frost School of Music, da Universidade de Miami.

Nessa época, Secada conheceu Emílio, marido da cantora cubana (e que já vivia nos EUA) Gloria Estefan e acabou sendo convidado a integrar sua banda Miami Sound Machine. Durante anos, Jon Secada foi backing vocal da cantora, e também contribuiu com composições, como "Coming Out Of The Dark". Até que, em 1992, decidiu alçar voo solo e lançou este mega-álbum, sob a tutela de Emilio Estefan.


O primeiro single (foto menor) já mostrava que o rapaz não estava para brincadeiras: "Just Another Day", com seu ritmo pulsante e a voz hipnótica de Secada, arrebatou o público ao redor do mundo, ficando pelo menos entre as 10 primeiras posições na maioria dos países. Nos EUA, conseguiu a 5a pela Billboard Hot 100 e a 2a na US Adult Contemporary; no Reino Unido, abocanhou o 5o lugar. A gravação em espanhol ("Otro Dia Mas Sin Verte") também ganhou as paradas latinas no mesmo ano, sendo que esta versão teve a contribuição de Gloria Estefan na letra.

O single seguinte, "Angel", também se manteve na liderança na maioria dos países e serviu para colocar Jon também no patamar de cantor romântico, mostrando que nem só de dance music se vive. Letra e interpretação lhe garantiram mais um hit nas FMs.

O terceiro single, "Do You Believe In Us", não teve o mesmo impacto dos anteriores, mas não fez feio, oscilando entre a 10a e a 30a posição na maioria dos países - mas conseguiu um terceiro lugar no US Mainstream Top 40 da Billboard. Nesta faixa, Jon Secada mostra um pessoa sofrendo por amor, mas o ritmo contagiante não deixa a peteca cair; impossível não vibrar ao som dela.

Ouça também "I'm Free" (bem executada nas rádios) e "Time Heals". CD raro nos dias de hoje.


01 - Just Another Day    [05:28]

02 - Track 02    [04:45]

03 - Angel    [04:35]

04 - Do You Believe In Us    [03:59]

05 - One Of A Kind    [04:03]

06 - Time Heals    [04:24]

07 - Do You Really Want Me    [04:04]

08 - Misunderstood    [04:22]

09 - Always Something    [04:12]

10 - I'm Free    [04:00]

11 - Otro Dia Mas Sin Verte    [05:27]

12 - Angel (Spanish Version)    [04:35]


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terça-feira, 27 de julho de 2021

The Style Council - The Sound Of (2003)


O Style Council surgiu quando o cantor e guitarrista Paul Weller recrutou o tecladista e também cantor Mick Talbot, com o objetivo de formar uma banda que tocasse diversos estilos musicais. Dee C. Lee, namorada de Weller, também entrou para contribuir com os vocais.  Para o primeiro single, "Speak Like a Child", Weller convidou a cantora Tracie Young, que conheceu enquanto ainda fazia parte de outro grupo, The Jam. O single saiu em 1983 e conseguiu a posição número 4  na UK Singles Chart.

"You're The Best Thing" foi outro hit no Reino Unido, chegando a 5a posição. Esta é uma canção sobre alguém que está feliz com o seu atual relacionamento ("I'm content just with the riches that you bring" - "Estou feliz apenas com as riquezas que você me traz"), que é o oposto do que ele já teve. Esta é uma das músicas mais conhecidas do grupo no Brasil.

"The Paris Match" é um smooth jazz que contou com a colaboração de Tracey Thorn no vocal solo, e Ben Watt na guitarra, ambos do duo Everything But The Girl. "Long Hot Summer" trata do fim de um relacionamento num pop eletrônico, com uma batida leve, que ficou bem legal.

"Shout To The Top!" retrata uma pessoa que se sente fracassada, caindo de joelhos e "gritando para os céus" por ajuda. A música surgiu num momento politicamente meio turbulento para o povo inglês e, provavelmente, essa foi a inspiração para esse acid-jazz que faz você se levantar do sofá e pular.

Mas se "Shout..." foi uma crítica velada, "Walls Come Tumbling Down!" é uma crítica escancarada aos problemas enfrentados na Inglaterra pelo governo conservador da época, que arrastava altas taxas de desemprego. O refrão incentiva as pessoas a mudarem o sistema atual: "Are you gonna try to make this work/Or spend your days down in the dirt/You see things can change/Yes, and walls can come tumbling down!" ("Você vai tentar fazer isso funcionar/Ou vai passar seus dias na lama /Você vê que as coisas podem mudar /Sim, e as paredes podem desabar!"). E completa dizendo que as pessoas, unidas, podem desmantelar um governo.

O Style Council durou até 1989, quando Paul resolveu partir para carreira solo. Seu primeiro álbum sem a banda saiu em 1992.

CD raro.


01- Speak Like a Child    [03:18]
02- Money Go Round (Part 1)    [03:54]
03- Headstart for Happiness    [02:50]
04- Long Hot Summer    [03:51]
05- The Paris Match    [04:28]
06- It Just Came to Pieces in My Hands    [02:34]
07- My Ever Changing Mood    [03:39]
08- The Whole Point of No Return    [02:44]
09- You're the Best Thing    [04:29]
10- Shout to the Top!    [04:20]
11- Ghosts of Dachau    [02:51]
12- The Picadilly Trail    [03:47]
13- Walls Come Tumbling Down    [03:26]
14- Spin Drifting    [03:12]
15- Homebreakers    [05:08]
16- A Man of Great Promise    [02:34]
17- Have You Ever Had It Blue    [04:48]
18- Waiting    [04:23]
19- It's a Very Deep Sea    [05:34]
20- Changing of the Guard    [02:51]
21- Spring Summer Autumn    [02:21]

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sexta-feira, 16 de julho de 2021

Fafá de Belém - Pássaro Sonhador (1996)

 

Nesse CD Fafá perambulou pelos ritmos do Norte e Nordeste do país, mas sem tirar os pés do romantismo característico de seus discos, como é o caso de "Pra Nunca Mais", "Abandonada" e "É Tão Bom Te Amar", com vocais de apoio da trupe do Roupa Nova, além de contar com compositores de renome: o sertanejo Zezé Di Camargo assina "À Queima Roupa", José Augusto e Dudu Falcão escreveram "Pra Nunca Mais", Michael Sullivan e Aloísio Reis, "Mania De Te Amar", e também de  Sullivan e Paulo Sérgio Valle, "Abandonada".

O ponto alto do CD é, sem dúvida, "Vermelho" (que começa com "A cor do meu batuque tem o toque e tem o som da minha voz/Vermelho, vermelhaço, vermelhusco, vermelhante, vermelhão"), com a participação de David Assayag, um ícone do Festival Folclórico de Parintins. O "vermelho" da música refere-se a associação Boi Garantido, um dos bois bumbás que competem anualmente no festival e conhecido por levar um coração vermelho na testa. O "levantador" do boi (pessoa que interpreta as toadas de um boi durante a festa),  na época, era David Assayag que, dentre outras canções, interpretou "Vermelho", escrita por Francisco Ferreira da Silva (ou, simplesmente, Chico da Silva). Amigo de Fafá há anos, Chico indicou David para entrar no estúdio com a cantora e fazer a gravação.

"Vermelho" acabou projetando David e o nosso folclore internacionalmente e o artista disse que sempre canta a música em seus shows. E o CD recebeu certificação de Platina pela Pro-Música Brasil (Associação Brasileira dos Produtores de Discos, na época) pela marca de 250 mil cópias vendidas.

CD imperdível para fãs da cantora.


01- Vermelho    [03:47]
02- Abandonada    [04:32]
03- Entre a Luz e a Escuridão    [03:55]
04- À Queima-Roupa    [03:52]
05- Pot-Pourri    [04:08]
06- Pra Nunca Mais    [05:00]
07- Aparências    [04:10]
08- É Tão Bom Te Amar    [03:58]
09- Mania de Te Amar    [04:45]
10- Já é Tarde    [04:56]
11- Pássaro Sonhador    [05:09]
12- Vermelho (com David Assayag) [07:00]


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quarta-feira, 7 de julho de 2021

Simply Red - Picture Book (Collector's Edition) (1985)

Este foi o álbum de estreia do Simply Red, lançado originalmente em 1985. Daqui, saiu o mega hit "Holding Back The Years", que chegou a posição de número 1 nas paradas de sucesso. Escrita pelo próprio vocalista Mick Hucknall, ele confessou certa vez ao The Guardian que não sabia exatamente do que se tratava a música até que a finalizou  - e aí percebeu que era sobre o momento em que você se dá conta de que precisa sair de casa e "deixar sua marca no mundo", apesar de todas as dificuldades da infância (sua mãe o abandonou quando ele ainda era criança, mas Mick sempre pôde contar com a ajuda do pai, que esteve o tempo todo ao seu lado).

O single de estreia, no entanto, foi "Money's Too Tight (To Mention)", dos Valentine Brothers, que Mick conheceu quando costumava atuar como DJ. Mick gostou da música e acelerou o ritmo, tornando-a um funk animado (e ficando melhor que a original). Na letra, as dificuldades de um pobre rapaz que precisa de dinheiro, mas nem o banco, nem seu irmão ou seu pai podem emprestar-lhe um centavo. Pois é, a grana está curta para todos, nesse mundo capitalista e selvagem.

"Come To My Aid" foi o segundo single do LP e, caso o primeiro tenha passado despercebido por alguns, este certamente atingiu em cheio as paradas pop e o refrão grudou na cabeça, repetindo insistentemente o título da música, clamando para que venham em seu auxílio (no amor, é claro).

"Heaven" é uma regravação da música dos Talking Heads, à qual o grupo imprimiu um ritmo mais soul. "Jericho", do próprio Mick, traz toda uma embalagem R&B, estilo que o grupo sempre teria como referência, ao lado do soul, do jazz (como em "Sad Old Red") e do pop. Talvez, deste CD, a menos interessante seja "Open The Red Box": embora mantenha elementos comuns ao Simply Red, o toque mais "pesado" soa mais como um blues acelerado, diferentemente das demais faixas.

Esta Collector's Edition é uma edição remasterizada de 2008, que trouxe remixes bem bacanas de "Come To My Aid", "Money's Too Tight (To Mention)" e a versão longa de "Holding Back The Years", além de um DVD extra com o show que o grupo fez no Festival de Jazz de Montreaux, em 1986. Há outra edição, chamada apenas de "Expanded Version", que é idêntica, mas não acompanha o DVD.

CD para quem quer conhecer as origens da banda.


01 - Come To My Aid    [04:05]

02 - Sad Old Red    [04:32]

03 - Look At You Now    [03:02]

04 - Heaven    [04:32]

05 - Jericho    [06:02]

06 - Money's Too Tight (To Mention)    [04:12]

07 - Holding Back The Years    [04:29]

08 - Open Up The Red Box    [03:56]

09 - No Direction    [03:41]

10 - Picture Book    [05:52]

11 - Money's Too Tight (To Mention) (The Cutback Mix)    [08:39]

12 - Come To My Aid (Survival Mix)    [06:47]

13 - Holding Back The Years (12'' Extended Mix)    [05:45]

14 - Jericho (12'' Extended Mix)    [06:53]

15 - Open Up The Red Box (12'' Extended Mix)    [04:16]



sábado, 19 de junho de 2021

Jason Donovan - Greatest Hits (1991)

 

Talvez, num primeiro momento, muitos não liguem o nome à pessoa, mas vamos lá: Jason Donovan começou sua carreira muito cedo, atuando em séries de TV na Austrália, onde nasceu. Enquanto atuava, acabou também enveredando para a música e, entre uma série e outra, contracenou com Kylie Minogue (aquela do "I Should Be So Lucky" e, mais tarde, "Cant' Get You Out Of My Head", lembra?). O trio de produtores Mike Stock, Matt Aitken e Peter Waterman (mais conhecidos como Stock/Aitken/Waterman), que farejam sucesso à distância, do mesmo modo como levaram Kylie ao estrelato, conduziram também Jason aos estúdios da PWL Records e, dali, saiu no Reino Unido seu primeiro single, "Nothing Can Divide Us", no melhor estilo dance music dos anos 80, chegando à posição de número 5 - um belo feito para quem estava começando!

Tudo bem se você não conhece esta, mas os dois singles seguintes arrebataram as FMs no mundo todo, então é quase impossível não conhecer: "Especially For You", um dueto super romântico com Kylie Minogue, e "Too Many Broken Hearts" -  esta chegando à primeira posição.

Esta coletânea reúne estes e outros hits do artista, como "Everyday  (I Love You More)" e a romântica regravação da sessentista "Sealead With a Kiss", cuja voz macia e, ao mesmo tempo, firme de Jason contribuiu para torná-la novamente um hit (no Brasil, na mesma época, os teens Luan e Vanessa cantaram uma versão em português intitulada "Quatro Semanas de Amor"). Na mesma linha da década de 60, ele também regravou "Rhythm Of The Rain", dos Cascades.

O Cd, raríssimo, é um belo apanhado da carreira de Donovan. Deixe rolar!


01- Nothing Can Divide Us  [03:45]

02- Especially For You         [04:00]

03- Too Many Broken Hearts  [03:28]

04- Sealed With a Kiss     [02:32]

05- Everyday (I Love You More)   [03:27]

06- When You Come Back To Me  [03:31]

07- Hang On To Your Love    [03:02]

08- Another Night    [03:25]

09- Rhythm Of The Rain    [03:09]

10- I'm Doing Fine    [03:01]

11- R.S.V.P.    [03:09]

12- Happy Together    [03:11]

13- Fool Such As I    [02:36]


quarta-feira, 9 de junho de 2021

Elton John - Goodbye Yellow Brick Road (1973)

Este álbum, lançado em outubro de 1973, talvez seja um dos mais icônicos da carreira de Elton John.  O Lp saiu como um álbum duplo, mas o CD conseguiu reunir ambos num só disquinho. No Brasil, ele esteve entre os discos mais vendidos em 1974, ao lado de "Band On The Run", de Paul McCartney, e "Innervisions", de Stevie Wonder. 

A maior parte das faixas são bens inspiradas, com destaque óbvio para a faixa-título. O LP abre com "Funeral For A Friend (Love Lies Bleeding)". Apesar de estarem juntas, "Funeral For A Friend" e "Love Lies Bleeding" foram concebidas como músicas separadas. A primeira é uma instrumental de arrepiar e soa como uma peça operística; a segunda entra com tudo no rock 'n roll.  Elton uniu as duas porque a primeira termina na mesma nota em que a outra começa. E quem arrasa no sintetizador da ARP Instruments é o engenheiro de som David Hentschel, que sobrepôs as trilhas da música até conseguir o efeito desejado.

"Sweet Painted Lady" descreve, sob a óptica de um marinheiro que acabou de atracar no porto voltando de viagem, a vida de uma garota e como ela ganha a vida. A música consegue pintar nitidamente o cenário nada romântico: local meio decadente, bucólico e cinzento, bares simples e "garotas" (na verdade, prostitutas) à espera dos rapazes sedentos de "amor" que estão desembarcando. Ele sabe que não vai precisar procurar um lugar pra dormir porque uma delas passará, mais uma vez, a noite com ele, uma "doce dama pintada", numa alusão à maquiagem excessiva da menina.



"Então, ela se deita ao meu lado de novo/ Doce dama pintada/Aquela sem nome" ("So, she lays down beside me again/Sweet painted lady/The one with no name"), diz ele, que nem se preocupa em saber um pouco sobre ela - afinal, ele não está ali pra conversar. Ela é paga para "se deitar" ("Getting paid for being laid"); este é o trabalho dela e, de qualquer modo, eles irão logo embora.

"All The Girls Love Alice" é uma música sobre homossexualidade, sem precisar dizer isso diretamente e, ao mesmo tempo, sem deixar dúvidas sobre o assunto. Alice é uma garota de escola pública, que vive dizendo que a mãe não a ama e tal, e que não consegue se entender direito com os garotos. Mas as garotas, ah, essas amam Alice.

"Candle In The Wind" é atualmente lembrada pela homenagem feita no funeral da Princesa Diana, que a tinha como uma de suas canções preferidas mas, originalmente, a música foi feita para Marilyn Monroe, cujo nome de batismo era Norma Jean Mortenson (daí o verso inicial "Goodbye, Norma Jean"). A letra mostra uma visão afetuosa a respeito de Marilyn e retrata a dificuldade que a atriz tinha em manter um relacionamento amoroso, meio que à mercê da vontade dos outros, daí a comparação com uma vela ao vento - a chama fica instável e pode se apagar: "And it seems to me you lived your life/Like a candle in the wind/Never knowing who to cling to/When the rain set in" ("E me parece que você viveu sua vida /Como uma vela ao vento /Nunca sabendo a quem se agarrar/Quando a chuva começava").

Para a homenagem a Diana, alguns versos foram mudados. Por exemplo, "Goodbye, Norma Jean" virou "Goodbye, England's rose" ("Adeus, rosa da Inglaterra") e "Never knowing who to cling to" virou "Never fading with the sunset"  ("Nunca se apagando com o pôr do sol"), além de outras delicadas modificações.

A faixa -título é uma das mais belas melodias do LP.  A tal "Yellow Brick Road" ("Estrada de Tijolos Amarelos") é uma referência ao filme "O Mágico de Oz". Nele, Dorothy e seus amigos seguem pela tal estrada a fim de encontrar o mago, mas enfrentam diversas aventuras durante o trajeto. Assim, a estrada vira uma metáfora para algo que pode levar ao que tanto se quer, e a música traça o raciocínio oposto: "Adeus, estrada de tijolos amarelos" mostra o arrependimento do autor em ter buscado algo que julgou que seria o melhor para ele, mas não foi. 

Os primeiros versos fazem a constatação: "I should have stayed on the farm/I should have listened to my old man" ("Eu deveria ter ficado na fazenda/Eu deveria ter ouvido meu velho pai"). Depois, o autor se dirige à pessoa que deseja prendê-lo ali: "You know you can't hold me forever/I didn't sign up with you" ("Você sabe que não pode me segurar aqui pra sempre/Eu não assinei nada com você") e "You can't plant me in your penthouse/I'm going back to my plough" ("Você não pode me 'plantar' na sua cobertura / Estou voltando para o meu arado"). O verso seguinte sugere que ele tem se sujeitado aos desejos dos outros (estaria ele sob as ordens de um cafetão?): "I'm not a present for your friends to open" ("Eu não sou um presente para seus amigos abrirem").

Deste álbum, ainda é preciso destacar os vocais impecáveis de "Harmony" no refrão, e que se tornou uma das favoritas dos aficionados do artista; "Bennie And The Jets", que narra a fictícia história da banda que dá nome à música, e que eletrizava o público quando subia ao palco, e "Saturday Night's Alright For Fighting", que remete aos tempos em que o então jovem letrista, Bernie Taupin (parceiro musical de longa data de Elton) ia a boates, onde brigas eram comuns: cadeiras voando, garrafas se quebrando, pancadaria comendo solta -  Taupin nunca se envolvia nelas, mas tirou dali a inspiração para este rock 'n roll.

Se você gosta do cantor, este é um CD essencial.


01 - Funeral for a Friend (Love Lies Bleeding)    [11:07]

02 - Candle in the Wind    [03:49]

03 - Bennie and the Jets    [05:23]

04 - Goodbye Yellow Brick Road    [03:13]

05 - This Song Has No Title    [02:23]

06 - Grey Seal    [04:00]

07 - Jamaica Jerk-Off    [03:38]

08 - I've Seen That Movie Too    [06:00]

09 - Sweet Painted Lady    [03:54]

10 - The Ballad of Danny Bailey (1909-34)    [04:23]

11 - Dirty Little Girl    [05:01]

12 - All the Girls Love Alice    [05:09]

13 - Your Sister Can't Twist (but She Can Rock 'n Roll)    [02:42]

14 - Saturday Night's Alright for Fighting    [04:55]

15 - Roy Rogers    [04:07]

16 - Social Disease    [03:42]

17 - Harmony    [02:46]


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quarta-feira, 26 de maio de 2021

Bee Gees - Mythology (2010)

 


O ano de 2010 trouxe uma bela coletânea dos Bee Gees, que incluiu 4 CDs, um para cada um dos irmãos Gibb. O primeiro é dedicado às canções soladas por Barry, e o segundo às de Robin. No terceiro estão canções onde a voz principal ficou a cargo de Maurice e uma ou outra faixa que foi escrita por ele/e ou pelos Bee Gees, mas que acabaram não sendo aproveitadas; o último CD é dedicado à Andy.

No primeiro CD temos alguns sucessos consagrados na voz de Barry, como "You Win Again", "Night Fever", "Words", "Stayin' Alive" e "Too Much Heaven" (cujos direitos foram doados à UNICEF), apenas para mencionar alguns. "Don't Fogrget To Remember", de 1969, é do álbum "Cucumber Castle", um LP que não contou com a participação de Robin. Foi um tempo em que o clima andava tenso entre ele e Barry, e Robin decidiu se envolver em trabalho solo (o seu single "Saved By The Bell" é dessa época). 

"Spirits (Having Flown)" não foi um sucesso, mas é a faixa-título do LP de 1979, que trouxe "Too Much Heaven" e "Tragedy", e é bem agradável de se ouvir. Há também uma regravação de "Heartbreaker", canção que Barry fez para Dionne Warwick e que foi um grande hit na voz da cantora. Essa mesma gravação já havia aparecido em outro CD duplo, a coletânea "The Record - Their Greatest Hits", de 2001. Quem estava acostumado com a de Dionne, talvez ache esta versão "menos entusiasmada": Barry parece não estar usando todo seu poder vocal e o acompanhamento soa mais suave. Mas talvez tenha sido justamente essa a ideia: fazer algo diferente!

O CD dedicado à Robin traz tanto faixas com os Bee Gees quanto algumas dos trabalhos solo do artista. É o caso de "Saved By The Bell" e "Juliet". "Islands In The Stream", composta pelos três irmãos, é de 1983 e foi parar primeiro nas vozes de Kenny Rogers e Dolly Parton, tornando-se um sucesso country.  Em 2001, ela foi regravada para integrar a coletânea "The Record - Their Greatest Hits", com Robin no vocal principal, e também foi incluída aqui. Assim, o que era um country virou um pop eletrônico. Falando em eletrônico, "Fallen Angel" é uma dance music de respeito!  Ela faz parte do CD "Size Isn't Everything", de 1993, e os Bee Gees estavam procurando fazer um som mais moderno. Os Pet Shop Boys foram convidados para ajudar, mas declinaram. Robin, que já tinha experiência no meio eletrônico ("Secret Agent", um de seus álbuns solos, foi calcado neste estilo), decidiu assumir a responsabilidade e não decepcionou. Há também os hits "New York Mining Disaster 1941", "Massachusetts", "I've Gotta Get a Message To You", e a belíssima "I Started a Joke".

O CD de Maurice traz "Hold Her In Your Hand", que ele interpretou para o filme "O Senhor das Águias" ("A Breed Apart"), de 1984. O filme, em si, não teve grande repercussão, mas a música, um country romântico, ficou maravilhosa. A canção foi escrita por Maurice e Barry alguns anos antes e deveria fazer parte do álbum "Living Eyes", de 1981, mas acabou ficando de fora. Maurice, então, a  regravou para a trilha sonora do filme. "The Bridge" foi escrita por Maurice em parceria com seus filhos Samantha e Adam Gibb em 1999, enquanto gravavam músicas para o álbum "This Is Where I Came In". Samantha e Maurice dominam os vocais principais desse pop eletrônico, cheio de harmonia. Nesta mesma época, "Angel of Mercy", composta pelos três irmãos, foi também gravada por Maurice e Samantha e não tinha visto a luz do dia até ser incluída neste CD. "Man In The Middle", do CD "This Is Where I Came In", diz muito do lado conciliador de Maurice, que procurava apaziguar os ânimos quando estes estavam um pouco exaltados. "Railroad" foi o primeiro single de Maurice, lançado em 1970, mas que não entrou nas paradas de sucesso, apesar da agradável levada country; foi também a única música do artista que já figurou numa coletânea do grupo, a "Tales From The Brothers Gibb", de 1990.

E a voz de Andy é o destaque do quarto CD. Embora ele tenha participado de alguns shows com seus irmãos, nunca integrou oficialmente o grupo. Mas nem por isso deixa de ser um Gibb! O disco abre com "Shadow Dancing", um dos primeiros número 1 da carreira do artista, composta por ele e pelos Bee Gees. No entanto, sua estreia no topo das paradas foi com "I Just Want To Be Your Everything", escrita por ele e Barry, que permaneceu no posto de número 1 na Billboard Hot 100 por três semanas, ocupando também a mesma posição em vários outros países, inclusive no Brasil. "I Just Want To Be..." é uma canção Disco que proporciona um misto de vontade de dançar e, ao mesmo tempo, de apreciar o romantismo contido na voz de Andy. "An Everlasting Love" é outro destaque. De novo, o romantismo na voz do cantor tornam letra e melodia perfeitas, onde ele tenta mostrar para seu amor que o relacionamento que ela teve recentemente parecia bom, mas só a fez sofrer ("He was your sun and your rain" -  "ele era seu sol e sua chuva") e que ela foi um "paraíso em seu mundo solitário" ("You were the heaven in my lonely world"). Não à toa, chegou merecidamente ao número 5 na Billboard Hot 100. 

"Words And Music" foge do estilo das anteriores, ficando numa baladinha leve e emotiva. Já "Arrow Through The Heart" surgiu pela primeira vez nesta coletânea; ela foi gravada em 1987 e tem um som eletrônico que se assemelha ao que Robin (que está nos vocais de apoio) já havia feito anteriormente. "Man On Fire" é também de 1987, mas saiu na coletânea "Greatest Hits" de 1991. Tanto "Arrow..." quanto "Man On Fire" foram gravadas para o álbum de retomada da carreira de Andy, previsto para 1988, o que não aconteceu, por ocasião de sua morte.

Este é, sem dúvida, um box único! 


Cd 1

01- Barry Gibb - Spirits (Having Flown)    [05:19]

02- Barry Gibb - You Win Again    [04:01]

03- Barry Gibb - Jive Talkin'    [03:45]

04- Barry Gibb - To Love Somebody    [03:01]

05- Barry Gibb - Tragedy    [05:03]

06- Barry Gibb - Too Much Heaven    [04:56]

07- Barry Gibb - First Of May    [02:48]

08- Barry Gibb - More Than a Woman    [03:17]

09- Barry Gibb - Love So Right    [03:38]

10- Barry Gibb - Night Fever    [03:36]

11- Barry Gibb - Words    [03:19]

12- Barry Gibb - Don't Forget To Remember    [03:31]

13- Barry Gibb - If I Can't Have You    [03:25]

14- Barry Gibb - Alone    [04:48]

15- Barry Gibb - Heartbreaker    [04:23]

16- Barry Gibb - How Deep is Your Love    [04:04]

17- Barry Gibb - Love You Inside Out    [04:09]

18- Barry Gibb - Stayin' Alive    [04:47]

19- Barry Gibb - Barker of The UFO    [01:53]

20- Barry Gibb - Swan Song    [02:58]

21- Barry Gibb - Spicks And Specks    [02:52]

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Cd 2

01- Robin Gibb - I Am The World    [02:32]

02- Robin Gibb - New York Mining Disaster 1941    [02:11]

03- Robin Gibb - I Can't See Nobody    [03:45]

04- Robin Gibb - Holiday    [02:54]

05- Robin Gibb - Massachusetts    [02:24]

06- Robin Gibb - Sir Geoffrey Saved The World    [02:12]

07- Robin Gibb - And The Sun Will Shine    [03:35]

08- Robin Gibb - The Singers Sang His Song    [03:08]

09- Robin Gibb - I've Gotta Get a Message To You    [03:04]

10- Robin Gibb - I Started a Joke    [03:09]

11- Robin Gibb - Odessa    [07:32]

12- Robin Gibb - Saved By The Bell    [03:07]

13- Robin Gibb - My World   [04:21]

14- Robin Gibb - Run To Me  [03:11]

15- Robin Gibb - Love Me    [04:03]

16- Robin Gibb - Juliet     [03:48]

17- Robin Gibb - The Longest Night    [05:49]

18- Robin Gibb - Fallen Angel    [04:31]

19- Robin Gibb - Rings Around The Moon [04:25]

20- Robin Gibb - Embrace  [04:42]

21- Robin Gibb - Islands In The Stream [04:19]

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Cd 3

01- Maurice Gibb - Man In The Middle    [04:21]

02- Maurice Gibb - Closer Than Close    [04:33]

03- Maurice Gibb - Dimensions    [05:26]

04- Maurice Gibb - House of Shame    [04:53]

05- Maurice Gibb - Suddenly    [02:30]

06- Maurice Gibb - Railroad    [03:43]

07- Maurice Gibb - Overnight    [04:22]

08- Maurice Gibb - It's Just The Way    [02:34]

09- Maurice Gibb - Lay It On Me    [02:09]

10- Maurice Gibb - Trafalgar    [03:56]

11- Maurice Gibb - Omega Man    [03:57]

12- Maurice Gibb - Walking On Air    [04:07]

13- Maurice Gibb - Country Woman    [02:48]

14- Maurice Gibb - Angel of Mercy    [04:43]

15- Maurice Gibb - Above And Beyond    [04:28]

16- Maurice Gibb - Hold Her in Your Hand [04:25]

17- Maurice Gibb - You Know It's For You [02:57]

18- Maurice Gibb - Wildflower [04:24]

19- Maurice Gibb - On Time    [03:04]

20- Maurice Gibb - The Bridge [04:33]

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Cd 4

01- Andy Gibb - Shadow Dancing    [04:35]

02- Andy Gibb - I Just Want To Be Your Everything    [03:48]

03- Andy Gibb -  (Love is) Thicker Than Water    [04:18]

04- Andy Gibb -  An Everlasting Love    [04:09]

05- Andy Gibb -  Desire    [04:31]

06- Andy Gibb -  (Our Love) Don't Throw It All Away    [04:11]

07- Andy Gibb -  Flowing Rivers    [03:39]

08- Andy Gibb -  Words And Music    [04:40]

09- Andy Gibb -  I Cant' Help It (com Olivia Newton-John)    [04:09]

10- Andy Gibb -  Time is Time    [04:02]

11- Andy Gibb -  Me Without You    [03:43]

12- Andy Gibb -  After Dark    [04:23]

13- Andy Gibb -  Warm Ride    [03:36]

14- Andy Gibb -  Too Many Looks In Your Eyes  [04:12]

15- Andy Gibb -  Man On Fire    [05:29]

16- Andy Gibb -  Arrow Through The Heart [03:41]

17- Andy Gibb -  Starlight    [03:35]

18- Andy Gibb -  Dance To The Light Of The Morning [03:21]

19- Andy Gibb -  In The End    [03:19]

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