sábado, 21 de dezembro de 2019

Rick Astley - Whenever You Need Somebody (1987)

Se você ouvia música na década de 80, com certeza conhece esse disco e, talvez, até tenha um exemplar empoeirado, largado em algum canto de sua casa.  "Whenever You Need Somebody" é o retrato mais puro de toda uma geração que sacolejou ao som das batidas pulsantes da dance music de Rick Astley, sob as asas do trio de produtores Stock-Aitken-Waterman (também responsável pelo início das carreiras de Kylie Minogue, Jason Donovan e Sonia Evans)

Rick Astley era o baterista de uma banda do condado de Lancashire, Inglaterra, quando seu vocalista decidiu sair, deixando o cargo desocupado. Astley se ofereceu para ocupar o posto e, após algumas apresentações, sua voz poderosa chamou a atenção de Peter Waterman. Produtor musical e proprietário de um estúdio londrino, Peter convenceu-o a voar para Londres e a gravar "When You Gonna", uma parceria com a cantora Lisa Carter. Não deu muito certo. Outra música lhe foi oferecida, agora para que cantasse sozinho: "Never Gonna Give You Up". Lançada em agosto de 1987, com a produção de Mike Stock, Matt Aitken e do próprio Peter, a canção explodiu nas paradas e, um ano depois, ganhava o famoso BRIT Awards (na época, chamado de BPI Awards).

Seu single seguinte, "Whenever You Need Somebody", alcançou a primeira posição em diversos países, ganhando o Disco de Platina quatro vezes no Reino Unido e no Canadá, e duas vezes nos EUA.  Em novembro de 1987, sai o álbum completo. O LP catapultou à primeira posição "Together Forever" e "It Would Take a Strong, Strong Man". Desse mesmo álbum, a regravação da música de Nat King Cole "When I Fall In Love" também obteve sucesso, com interpretação e arranjos impecáveis.

CD para matar saudades!


01 - Never Gonna Give You Up    [03:36]
02 - Whenever You Need Somebody [03:57]
03 - Together Forever  [03:29]
04 - It Would Take A Strong, Strong Man    [03:45]
05 - The Love Has Gone    [04:23]
06 - Don't Say Goodbye     [04:12]
07 - Slipping Away    [03:56]
08 - No More Looking For Love  [03:16]
09 - You Move Me    [03:46]
10 - When I Fall In Love  [03:03]

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sábado, 7 de dezembro de 2019

The Beatles - Hey Jude (1970)

"Hey Jude" é uma coletânea, originalmente lançada em 1970 nos EUA, que reuniu diversos hits dos Beatles que figuraram apenas em singles, e outras canções "lados B". As exceções ficam por conta de "Can't Buy Me Love" e "I Should Have Known Better", que foram tiradas de "A Hard Day's Night".

"Lady Madonna" saiu em single em 1968 e seu som tem clara influência de Little Richard.   "Don't Let Me Down" possui letra simples, onde a frase do título é repetida diversas vezes (mas que não prejudica em nada a canção); John compôs a faixa tendo Yoko Ono em mente, realçando o amor entre eles. A música "Paperback Writer" foi composta como sendo uma carta escrita por um autor para um editor, querendo desesperadamente que seu livro seja publicado, e suplica: "I need a job"(Eu preciso trabalhar).  O autor diz, mais ou menos, do que se trata o romance, e pergunta se ele iria lê-lo, e avisa: há mais páginas por vir, além daquele breve rascunho. A estória da música foi bem recebida e catapultou-a para o número 1 da Billboard Hot 100.

"Hey Jude" é uma pérola de Paul McCartney;  com seus 7 minutos de duração, parecia uma eternidade para a época.  Aliás, é grandiosa não somente no tempo como na quantidade de músicos que utilizou: uma orquestra com 36. A canção é um olhar de apoio para as situações difíceis, inicialmente escrita para o filho de Lennon,  Julian, com o objetivo de confortá-lo perante a separação de seus pais. Acabou virando número 1 em diversos países. Seu lado B trouxe "Revolution" , uma canção pacifista de John Lennon. Nela, ele apoia as ideias de quem quer mudar o mundo, mas sem destruição. Esta versão do single tornou-se a mais conhecida, mas não é a mesma que acabou figurando no "The White Album", bem mais lenta.

CD para ouvir inteiro!



01 - Can't Buy Me Love   [02:18]
02 - I Should Have Known Better   [02:49]
03 - Paperback Writer    [02:24]
04 - Rain    [03:08]
05 - Lady Madonna    [02:24]
06 - Revolution    [03:31]
07 - Hey Jude    [07:16]
08 - Old Brown Shoe    [03:26]
09 - Don't Let Me Down    [03:41]
10 - The Ballad Of John And Yoko    [03:03]

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sábado, 23 de novembro de 2019

Lucinha Lins - Sempre, Sempre Mais (1982)

Lucinha Lins é o nome artístico da carioca da Tijuca Lúcia Maria Werner de Carvalho Vianna, que iniciou no cenário musical com o grupo Movimento Artístico Universitário. Tempo depois, conheceu o cantor e compositor Ivan Lins, com quem acabou se casando (daí o Lins de seu nome). Com ele, participou dos vocais nos seus shows e em seus discos, ao mesmo tempo em que disputava festivais de música pelo país e gravava diversos jingles. Em 1981, venceu o Festival MPB Shell, interpretando "Purpurina" (que também está neste álbum), mas foi vaiada pelo público, que preferia "Planeta Água", de Guilherme Arantes. Meses depois, estreou o espetáculo “Sempre, Sempre Mais”, com o bailarino Cláudio Tovar. As músicas escritas por Ivan Lins e Vitor Martins para o show viraram, então, este magnífico LP .

A voz doce e, ao mesmo tempo forte da artista, garantiram o sucesso do álbum. Não dá para não ir às estrelas ouvindo a versão de "When You Wish Upon a Star" ("Se Uma Estrela Aparecer"), conhecido tema da Disney, embalado por um belo arranjo e pela delicadeza de seu canto. A sensual "Mudança dos Ventos", com o apoio vocal de Ivan, é ao mesmo tempo ousada e romântica, ao pedir "Me revista, me excita (...)/Me tira essa vergonha /Me mostra, me exponha". 

"Sempre, Sempre Mais" é uma ode ao dom de atuar e cantar num palco, que reflete como essa exposição pode mudar completamente uma pessoa para melhor. É uma das músicas de maior sucesso do LP.

Um ano depois do lançamento do LP, Lucinha se casaria com seu parceiro de espetáculo, com quem dividiu, inclusive, os vocais de "Enquanto Eu Brilhar" (uma bem humorada troca de 'farpas' entre um casal) e "Virou Vício" (uma mescla de MPB com musical da Broadway).

Álbum memorável e raríssimo; puro deleite.


01- Virou Vicio (com Cláudio Tovar)   [03:42]
02- Se Uma Estrela Aparecer    [02:01]
03- Espelho De Camarim    [03:23]
04- A Cidade Dos Artistas    [02:35]
05- A Hora Do Touro    [02:42]
06- Mudanca dos Ventos    [02:06]
07- Sempre, Sempre Mais    [04:30]
08- Surpresa    [03:51]
09- Assobiando E Chupando Cana    [02:14]
10- Purpurina    [04:05]
11- Enquanto Eu Brilhar (com Cláudio Tovar)  [02:04]

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sábado, 16 de novembro de 2019

The Clash - The Story Of , Vol. 1 (1988)

The Clash surgiu no cenário londrino em 1976, pegando carona na onda Punk-Rock que estava assolando o Reino Unido (bem como outras partes do globo) a partir da metade da década de '70. Com Joe Strummer nos vocais, Mick Jones na guitarra (e vocais em algumas músicas), Paul Simonon no baixo e Nicky Headon na bateria, a banda lançou seu primeiro LP homônimo em 1977, um mês depois do primeiro single, "White Riot", chegar a posição de número 34 no Reino Unido.  O álbum conseguiu um sucesso relativo, embora nos EUA isso só fosse acontecer dois anos depois, com o lançamento de "London Calling", terceiro álbum do grupo.

Desse álbum, as faixas "Train In Vain" (bem legalzinha, mas que nunca menciona o título na letra) e "Clampdown" viraram singles e entraram nesta coletânea, bem como "The Guns of Brixton". "I Fought The Law" é do grupo The Crickets e ganhou uma roupagem bem mais bacana com The Clash, nesta versão de 1979. O funky "The Magnificent Seven" (do álbum triplo "Sandinista!", de 1980) foi inspirado na sonoridade das músicas de Grandmaster Flash e Sugarhill Gang, trazendo o então não muito conhecido Rap para um novo público. "This Is Radio Clash" não está em nenhum LP do grupo, tendo saindo somente em single em 1981 - provavelmente por causa de sua sonoridade diferente, que parecia mais Disco do que punk-rock.

Mas a música que a maioria das pessoas conhece mesmo é "Sould I Stay Or Should I Go", do LP "Combat Rock" (1982) que, com seu refrão "pauleira", contribuiu para um novo tipo de dança, que simula golpes de luta sem nunca tocar no seu oponente. A faixa chegou a posição de número 17 na UK Singles, e número 13 na Billboard Top Tracks. A faixa tornou-se extremamente popular e foi relançada diversas vezes. Numa dessas ocasiões, na década de '90, chegou ao número 1 na UK Singles. Outra, do mesmo LP, com boa colocação nas paradas foi "Rock The Casbah", que chegou a número 8 na Billboard Hot 100 e a 6a colocação na Billboard Top Tracks. No Reino Unido, na UK Singles Chart, ficou em 30a, embora tenha conseguido ao número 15 quando foi relançada em 1991. 

Este "The Story Of...Vol. 1" é uma pincelada na discografia do grupo inglês que, no Brasil, saiu numa edição com um único CD pela Sony Music (no exterior é um CD Duplo). Vale dar uma conferida.


01 - The Magnificent Seven    [04:30]
02 - Rock The Casbah    [03:44]
03 - This Is Radio Clash    [04:11]
04 - Should I Stay Or Should I Go    [03:9]
05 - Straight To Hell    [05:32]
06 - Armagideon Time    [03:54]
07 - Clampdown    [03:50]
08 - Train In Vain (Stand By Me)    [03:13]
09 - The Guns Of Brixton    [03:13]
10 - I Fought The Law    [02:40]
11 - Somebody Got Murdered    [03:36]
12 - Lost In The Supermarket    [03:50]
13 - Bankrobber    [04:33]

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sexta-feira, 1 de novembro de 2019

Barry Manilow - Greatest Hits Volume I / Volume II / Volume III (1989)


Esta é uma postagem tripla, com três CDs que contemplam  a coleção "Greatest Hits" lançada pela Arista em 1989. Os três volumes, juntos, trazem um apanhado das melhores músicas do artista entre as décadas de '70 e início da de '80.

"Ships", de autoria de Ian Hunter (ex-Mott The Hoople), é uma letra aparentemente delicada e sensível, mas que esconde um ódio severo que o autor tinha do pai. A distância entre ambos é clara na letra, mas não a raiva. Ele começa narrando uma noite em que passeavam pela praia ("We walked to the sea/Just my father and me"), enquanto cães brincavam na areia. Depois, se sentam e permanecem observando uma luz distante. Apesar dos sentimentos
ruins, o desejo de se dar bem com o pai está presente, principalmente quando o garoto pensa, com estranheza, tê-lo ouvido pedir para segurar sua mão ("(...) did he say 'hold my hand'?")

"We're two ships that pass in the night" compara ambos a navios que apenas navegam na noite. Ou seja, estão lado a lado mas, ao mesmo tempo, não "se conectam"; apenas seguem. Esse distanciamento, cada vez maior, fica evidente quando ele diz "It seems you and I are like strangers a wide ways apart/
As we drift on through time" ("parece que eu e você somos cada vez mais estranhos a medida que avançamos no tempo"). O arranjo e a voz intensa de Manilow só contribuiu para tornar a música mais emotiva; chega quase a doer na alma (numa entrevista ao jornal britânico The Independent, o
próprio Hunter chegou a declarar que Barry "não economizou nos arranjos" da canção). Sem dúvida, uma belíssima música numa belíssima interpretação.

"I Made Through The Rain", gravada originalmente em 1979 por Gerard Kenny (que compôs a melodia), foi regravada por Barry em 1980 e ganhou mudanças severas na letra. A canção inicial falava da vida de compositor que, não importava o que acontecesse (e, ainda que faltasse inspiração), estava lá para escrever e mostrar suas canções. Manilow preferiu dar uma visão mais abrangente, falando das dificuldades que se enfrenta na vida de um modo geral, e não apenas sob a ótica do compositor. Assim, os versos "A true musician plays /Through all the rainy days/And every song survives/It takes the stage by storm/And it keeps the music warm" viraram "We, dreamers, have our ways /Of facing rainy days/And somehow we survive/We keep our feelings warm/Protect them from the storm/Until our time arrives".

No refrão, somente algumas palavras foram trocadas: "I made through the rain/And kept my songs protected" se tornou "I made through the rain/And kept my world protected" (substituindo "my songs" por "world"), e "I made through the rain/And played my point of view" virou "I made through the rain/And kept my pont of view" (substituindo "played" por "kept").

Nos versos seguintes, mudança total de novo: "No matter how it rains/A singer entertains/And music must be made  (...)/Then you play the clouds away/Waiting until you hear /Your music say"" foram reescritos como "When friends are hard to find/And life seems so unkind/Sometimes you feel afraid (...)/'Cause when I chased my fears away/That's when I knew/I could finally say".  Em meio as estes últimos versos, a única frase que se manteve igual em ambas as versões foi "And start your own parade" (que tinha mais a ver com a saga do músico do que com a visão de Manilow  -  mas, ainda assim, serviu). Apesar das diferenças, ambas as gravações obtiveram sucesso: a de Gerard chegou ao top 20 no Reino Unido (Gerard morava em Londres à época); a de Manilow conquistou a décima posição na Billboard Hot 100 e a quarta na Adult Contemporary Chart, ambas nos EUA.

"Ready To Take a Chance Again" é grandiosa. Tema do filme "Golpe Sujo" ("Foul Play"), de 1978, mostra os sentimentos de alguém que sofreu enormemente com o término de um relacionamento e fechou-se em si mesmo, num "abrigo", a salvo do passado, em um lugar onde não há novas "surpresas" ("You reminded me/I live in a shell/Safe from the past (...)/No jolts, no surprises (...)"), mas ainda com uma tremenda insegurança ("(...) doin' okay, but not very well"). Até que, finalmente, conhece um novo amor e resolve tentar novamente ("And I'm ready to take a chance again/Ready to put my love on the line with you"). A canção foi escrita por Charles Fox e Norman Gimbell e permaneceu por duas semanas na posição de número 11 na Billboard Hot 100. Chegou a ser indicada para o prêmio de Melhor Canção mas perdeu para "Last Dance", de Donna Summer.

O hit "Copacabana (At The Copa)", apesar do nome, não é uma referência ao Rio de Janeiro, embora tenha sido inspirada por ela. À época, Manilow e os compositores Jack Feldman e Bruce Sussman visitavam Copacabana. O nome do bairro carioca ficou na cabeça e decidiram criar uma estória em cima disso, mas ambientada em Havana, e com uma boate levando seu nome. A música narra, então, a estória de Lola, uma dançarina do local, cujo namorado também trabalhava lá como barman. Um dia, Rico, aparentemente um gângster, aparece, todo pomposo, exibindo seus apetrechos repletos de diamantes. Ele pára seu olhar em Lola, que dança vorazmente, e decide dar em cima dela. Tony, do bar, vê a cena e, enciumado, parte para a briga. Baleado, Tony acaba morrendo. A narrativa, então, salta trinta anos: Lola continua frequentando o local, que acabou se tornando uma discoteca. Usando ainda a mesma roupa que usava para dançar, ela agora permanece sentada entre os clientes e fica ali, todo o tempo, meio "fora de órbita"pela perda não superada. A ficção rendeu a posição de número 8 na Billboard Top 40, chegando também ao top 10 na Bélgica, Canadá e França. Em 1985, a música deu origem a um especial de TV e, depois, a uma peça de teatro, ambas chamada "Copacabana".

Escrita por Scott English e Richard Kerr, e gravada inicialmente por Scott em 1971, "Brandy" se tornou "Mandy" na voz de Manilow, por opção do próprio cantor (o objetivo era que ela não fosse confundida com a canção homônima do grupo Looking Glass, de 1972). Em sua voz, a música chegou ao número 1 da  Billboard Hot 100 em 1974. Foi o primeiro grande sucesso do artista, e lhe rendeu um disco de ouro. No Brasil, em 1989, a música ganhou uma versão em português apenas para figurar no comercial da rede de lojas Bunny's, na voz de Alaor Coutinho, renomeada para "A Gente" ("Eu me lembro de você/Mesmo sem te conhecer (...)").

"I Write The Songs", escrita por Bruce Johnston, foi gravada por Manilow por sugestão do produtor  e presidente da Arista Records Clive Davis. Embora a canção pareça ser narrada por um compositor, falando de suas próprias composições (o que a tornaria um tanto egocêntrica), quem narra é, na verdade, a própria Música, como se ela fosse uma entidade própria: "I put the words and the melodies together/I am Music and I write the songs" (eu coloco letra e melodias juntas/Eu sou a música e escrevo as canções).  A letra quer convencer o ouvinte, então, do valor da Música na vida de cada pessoa, mostrando que é graças a ela que palavras e melodias, juntas, ganham sentido. É uma viagem pelo ponto de vista da Música, dizendo que ela tem sempre um lugar cativo na alma do ouvinte, que faz jovens garotas chorarem e que preenche corações, vivendo lá, dentro de cada um. Canção bem delicada, mas que requer atenção para não ser interpretada sob uma ótica meio narcisista.

"Memory" saiu do musical da Broadway "Cats", e foi escrita por Andrew Lloyd Weber e Trevor Nunn. A primeira gravação saiu na voz de Elaine Page, em 1978, que interpretou Grizabella, a gata que entoa a canção na peça. A música retrata como a personagem se sente ao ser excluída pelos seus companheiros, relembrando o tempo em que era feliz. Ganhou arranjos e interpretação fenomenais na voz de Barry.

Há outras faixas que não podem ficar sem menção. "Can't Smile Without You", de Christian Arnold, David Martin e Geoff Morrow, teve várias regravações, mas foi a de Barry que ficou mais conhecida, chegando a número 1 na Billboard Adult Contemporary e número 3 na  Billboard Hot 100. A aparente otimista "Looks Like We Made It" ("Parece que conseguimos") conta, na verdade, que o casal em questão conseguiu superar a crise no amor, mas não juntos e, sim, com outros parceiros - segundo o próprio autor Will Jennings, a letra é propositalmente irônica, mas rendeu vários números 1 nos EUA. "Even Now", que dá nome ao quinto álbum do artista, foi escrita por ele em parceria com Marty Panzer e fala de um amor perdido. Belíssima canção, também conseguiu a primeira colocação na Adult Contemporary Chart em 1978. E "Somewhere In The Night", embora a de Barry não tenha sido a primeira gravação, com certeza é a melhor - fruto dos compositores Richard Kerr e Will Jennings.


CD 1
01 - Mandy    [03:25]
02 - New York City Rhythm    [04:45]
03 - Looks Like We Made It    [03:37]
04 - Daybreak    [03:11]
05 - Can't Smile Without You    [03:15]
06 - It's A Miracle    [03:57]
07 - Even Now    [03:33]
08 - Bandstand Boogie    [02:53]
09 - Tryin' To Get The Feeling Again    [03:53]
10 - Some Kind Of Friend    [04:04]

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CD 2
01 - Could It Be Magic    [06:51]
02 - Somewhere In The Night    [03:30]
03 - Jump Shout Boogie    [03:07]
04 - Weekend In New England    [03:48]
05 - All The Time    [03:19]
06 - This One's For You    [03:32]
07 - Copacabana    [05:48]
08 - Beautiful Music    [04:40]
09 - I Write The Songs    [03:58]
10 - You're My Only Girl (Jenny)    [03:35]

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CD 3
01 - Ships    [04:04]
02 - Let's Hang On    [03:12]
03 - Ready To Take A Chance Again    [03:05]
04 - Read 'Em And Weep    [05:29]
05 - Somewhere Down The Road    [04:0]
06 - One Voice    [03:05]
07 - The Old Songs    [04:44]
08 - I Made It Through The Rain    [04:28]
09 - Dirt Cheap   [03:50]
10 - Memory       [04:58]

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sábado, 12 de outubro de 2019

Elton John - Lady Samantha (1974)

Esta é uma coletânea lançada, originalmente, pela DJM Records, em 1974, com diversas raridades de Elton John e muitos "lados B". "Rock N' Roll Madonna", por exemplo,  que abre o disco, saiu no Reino Unido em single mas não conseguiu nenhuma posição nas paradas britânicas. Neste coletânea, ela aparece emendada em "Whenever You're Ready", que segue o mesmo estilo, ambas executada ao vivo, sendo que esta última foi gravada durante as sessões de "Goodbye Yellow Brick Road", mas acabou ficando de fora para se tornar apenas um dos lados B de "Saturday Night's Alright For Fighting" (em algumas edições, o outro lado B foi "Jack Rabbit").

"Bad Side of The Moon" saiu como lado B do single "Border Song". De fato, não é uma canção muito inspirada e "Border Song", uma baladinha, mereceu ficar com o primeiro lado.

"Into The Old Man's Shoes", deixada de fora do álbum de 1970 "Tumbleweed Connection", bem que poderia ter ficado. Esta sim, é uma daquelas baladinhas inspiradas, bem ao estilo de Elton e Bernie Taupin, que não fica a dever para diversas outras do gênero. Acabou saindo como lado B do single "Your Song" no Reino Unido (e também apareceu em reedições em CD de "Tumbleweed Connection" como faixa bônus).

A faixa que dá título à coletânea é legalzinha e saiu em janeiro de 1969 como single. Era para ter entrado no álbum "Empty Sky", mas foi deixada de fora, embora tenha sido bem recebida pelo público. Elton cantou a música em sua primeira apresentação ao vivo na BBC, em 1968, antes mesmo do single chegar às lojas. Acabou virando faixa-bônus de algumas reedições em CD de"Empty Sky".

A melhor da coletânea, no entanto, é "Skyline Pigeon". A versão inicial, bem diferente (apenas com órgão e cravo), também estava em "Empty Sky", mas se você conheceu primeiro a versão desta coletânea, iria odiar ouvir a gravação anterior, sem bateria e piano. Esta gravação, que se tornou a mais conhecida, foi refeita por Elton em 1972 durante as sessões do álbum "Don't Shoot Me I'm Only The Piano Player" e foi o lado B do single "Daniel". No Brasil, ganhou definitivamente as FMs quando integrou a trilha sonora da novela global Carinhoso, de 1973, e continuou fazendo sucesso com o lançamento desta coletânea.

Sem dúvida, um CD raro e um "must-have" para fãs. 


01 - Rock And Roll Madonna    [04:11]
02 - Whenever You're Ready (We'll Go Steady Again) [Single Version]    [02:48]
03 - Bad Side Of The Moon [Single Version]    [03:12]
04 - Jack Rabbit [Single Version]    [01:50]
05 - Into The Old Man's Shoes    [04:04]
06 - It's Me That You Need    [04:01]
07 - Ho! Ho! Ho! (Who'd Be A Turkey At Christmas)    [04:03]
08 - Skyline Pigeon    [03:52]
09 - Screw You (Young Man's Blues)    [04:42]
10 - Just Like Strange Rain    [03:44]
11 - Grey Seal    [03:34]
12 - Honey Roll    [02:58]
13 - Lady Samantha    [03:04]
14 - Friends    [02:25]


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sábado, 5 de outubro de 2019

Rod Stewart - The Best Of (1989)

Em 1989, a Warner Music lançou esta excelente coletânea do cantor e compositor Rod Stewart, trazendo uma pequena amostra dos trabalhos do artista. A faixa mais antiga é "Maggie May", de 1971, que abre o álbum e expõe as emoções de um jovem com uma mulher mais velha. Ironicamente, ao sair em single, a aposta da gravadora para o lado A foi "Reason to Believe", e "Maggie May" foi relegada ao lado B. Apesar disso, ela não passou despercebida e foi alçada à primeira posição no Reino Unido e nos EUA, além do Canadá e Austrália. 

"Da Ya Think I'm Sexy", do LP  "Blondes Have More Fun"(de 1978), virou um clássico que incorporou elementos de rock e do funk americano, além de trazer referências melódicas tiradas do sucesso de  Jorge Ben Jor  “Taj Mahal”,  em especial do refrão “Tê Tê Tê, Têtêretê/Tê, Têtêretê/Tê Tê, Têtêretê tê tê" (onde Rod canta "If you want my body and you think I'm sexy/Come on, sugar, tell me so"), e que deu o que falar por aqui em 1979. A faixa ficou no topo das paradas em vários países da Europa e nos EUA.

A dançante "This Old Heart Of Mine", de 1989  (gravada inicialmente pelos Isley Brothers em 1966) aparece aqui para agitar a coletânea, numa gravação diferente daquela feita pelo próprio Stewart em 1975 (que era uma balada romântica), tornando-se um rock mais próximo da versão original (e com a participação de Ronald Isley). A música, que já havia feito sucesso na década de '60, voltou a ser sucesso quando foi regravada em 1975 e, depois, novamente em 1989

Duas baladinhas deliciosas chamam a atenção: "The First Cut Is the Deepest", escrita por Cat Stevens em 1967, foi gravada por Stewart em 1976 e ficou quatro semanas na primeira posição das paradas inglesas; e "I Don't Want to Talk About It", gravada em 1971 pelo Crazy Horse (do cantor Neil Young, mas que também teve uma regravação com o duo Everything But The Girl) ganhou uma versão sofridamente majestosa na voz do cantor em 1975 .

Claro que não podiam faltar os mega hits "Sailing" (originalmente dos Sutherland Brothers), "Downtown Train" e "Everybeat of My Heart". CD para ouvir inteiro!



01- Maggie May    [05:02]
02- You Wear It Well    [04:23]
03- Baby Jane       [04:48]
04- Da Ya Think I'm Sexy   [04:22]
05- I Was Only Joking    [04:54]
06- This Old Heart Of Mine (com Ronald Isley)    [04:15]
07- Sailing    [04:26]
08- I Don't Want To Talk About It    [04:53]
09- You're In My Heart    [04:32]
10- Young Turks    [04:37]
11- What Am I Gonna Do (I'm So In Love With You)    [03:40]
12- The First Cut Is The Deepest    [03:55]
13- The Killing Of Georgie (Part I And II)    [06:32]
14- Tonight's The Night    [03:39]
15- Every Beat Of My Heart    [04:45]
16- Downtown Train    [04:39]


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domingo, 15 de setembro de 2019

Duran Duran - Decade (1989)

Esta foi a primeira coletânea da banda Duran Duran, lançada em 1989. Depois de quase uma década de sucessos, estava mesmo na hora de sair uma. 

O grupo foi formado em Birmingham, Inglaterra, em 1978. Após gravarem duas fitas demos, em 1980, os rapazes do Duran Duran conseguiram atrair a atenção da EMI, que concordou em patrocinar um álbum completo. Deste LP, "Planet Earth" e "Girls On Film" foram grandes sucessos internacionais, principalmente a primeira.

O estrondoso hit "Save a Prayer", de mais de 5 minutos,  saiu do álbum "Rio", de 1982. O single destronou "Eye of The Tiger" (do Survivor) da segunda posição da UK Singles Chart, graças à letra romântica embalada numa melodia que soava mais misteriosa do que adocicada, e ainda hoje, quando se fala no nome da banda, é esta canção que vem à cabeça de muitos. A faixa título ("Rio") retrata a admiração que o baixista John Taylor tinha pelo Brasil, especialmente
pelo Rio de Janeiro, e  a música quis passar a ideia de uma mega-festa. "Rio" chegou a nona posição na UK Singles Chart, terceira no Canadá e 14ª na Billboard Hot 100 americana.

"Union Of The Snake" foi o primeiro single do álbum de 1983 "Seven and the Ragged Tiger". De uma maneira velada, segundo o próprio autor e vocalista  Simon Le Bon (em entrevista de 1984), a música fala da força do subconsciente, onde "(...)gonna race, it's gonna break /Through the borderline (...)" é uma referência a transitar entre o estado de consciência e subconsciência. A força do subconsciente é representada, aqui, pela serpente, que vive em seu "sindicato" ("Union"), muitas vezes sem vir à tona, mas que, se "cutucada", pode cruzar a fina linha que a separa do consciente ("There's fine line drawing (...)/And I think it's about to break"). 

Em 1985,  os  integrantes da banda e John Barry escreveram "A View To a Kill" para o filme homônimo de James Bond, e a canção foi indicada ao Golden Globe Award na categoria de Melhor Canção Original. A música tornou-se um dos grandes sucessos do Duran Duran e chegou à posição de número 1 na Espanha, na Suécia, nos EUA (na Billboard Hot 100), Bélgica e Canadá. Naquele mesmo ano, a música foi tocada ao vivo diante de 90 mil pessoas no famoso concerto Live Aid (cujo objetivo era arrecadar fundos para a fome na Etiópia).

Do álbum "Notorious", de 1986, além da faixa título, temos o teclado marcante de "Skin Trade" (com Le Bon arriscando um interessante falsete) e a belíssima balada romântica de 6 minutos "A Matter Of Feeling" (que substituiu "All She Wants Is", presente em edições importadas).

Só faltou "Too Late Marlene", de 1988. Mas, ainda assim, é definitivamente, um CD para ouvir e guardar!


01 - Planet Earth    [04:06]
02 - Girls On Film    [03:33]
03 - Hungry Like The Wolf    [03:31]
04 - Rio    [05:38]
05 - Save A Prayer    [05:30]
06 - Is There Something I Should Know    [04:14]
07 - Union Of The Snake    [04:27]
08 - The Reflex    [04:29]
09 - Wild Boys    [04:22]
10 - A View To A Kill    [03:39]
11 - Notorious    [04:04]
12 - Skin Trade   [04:32]
13 - I Don't Want Your Love    [03:54]
14 - A Matter Of Feeling    [06:00]


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segunda-feira, 2 de setembro de 2019

Placa Luminosa - Parece Real (1989)

Este é mais um LP badaladíssimo da banda Placa Luminosa. Depois do sucesso fenomenal do álbum anterior, de 1988, veio "Parece Real", que traz um pop com pezinhos em outros ritmos. O balanço gostoso já vem na faixa título, que abre com o saxofone de Mário Lúcio e o baixo intenso de Ari. "Fica Comigo" dispensa apresentações, principalmente para os noveleiros de plantão: foi tema de amor dos personagens Artur e Olívia em "Top Model", da Rede Globo. Foi, durante muito tempo, uma das músicas mais pedidas nas FMs. 

E claro que não dá pra deixar de mencionar "Ego". Os versos "Solta o teu cabelo e me chama/Tira o teu casaco e me ama/Puxa esse lençol e me aquece/Apaga a luz do dia, adormece" embalaram diversos romances por aí. O som romântico de "Triângulo das Bermudas" é também muito gostoso de ouvir, e contrasta bastante com a última faixa, que remete ao funk americano.

Talvez a mais fraca seja "Cover Girl" que, apesar do ritmo swingado, não é muito inspirada. Mas é um CD essencial!


01- Parece Real    [04:18]
02- Cover Girl    [03:37]
03- Fica Comigo    [04:37]
04- Não Faz Sentido    [04:18]
05- Triângulo das Bermudas    [04:30]
06- Ego    [04:10]
07- Só Você    [03:39]
08- Desejos    [04:16]
09- Uma Noite de Insônia  [03:45]
10- Não Desisto de Você   [03:45]


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segunda-feira, 26 de agosto de 2019

Rádio Taxi - Rádio Taxi (1983)

Não havia quem não soubesse cantar os versos "De pé ou deitado /Com o rádio ligado /Tão ligado e eu ligado em você" no verão de 1983, quando saiu o segundo disco do grupo juvenil Rádio Taxi. A canção, embora insinuante, tinha aquele "q" de bom humor. Até quem não conhecia direito sabia cantar, ao menos, este refrão de "Com o Rádio Ligado", que terminava com a introdução do programa obrigatório nas FMs "A Voz do Brasil".

Deste mesmo LP saiu o estrondoso sucesso "Eva" (versão da italiana homônima de Umberto Tozzi), e "Sanduíche de Coração", que foi tema de "Pão Pão, Beijo Beijo", novela da Rede Globo.

É pra recordar!


 01- Com o Rádio Ligado    [02:57]
02- Luna Caliente    [03:26]
03- Mil Beijos    [03:27]
04- Coisa de Louco    [03:22]
05- Radio Taxi    [04:35]
06- Filho da Mae    [04:13]
07- Sanduiche De Coracao    [03:30]
08- Eva    [03:29]
09- Bailarina    [04:02]
10- Convite Ao Prazer    [03:54]

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sábado, 24 de agosto de 2019

Diana Ross - Love And Life: The Very Best Of Diana Ross (2001)

Este CD duplo é praticamente um presente! Traz um bom apanhado da carreira de Diana Ross, não apenas de sua carreira solo, como também de vários músicas gravadas com as Supremes, além de duetos com Marvin Gaye, e a infalível "Endless Love", com Lionel Richie.

O primeiro CD tem várias canções das Supremes, mas abre com uma solo de Diana, "Chain Reaction". Ela apareceu originalmente no álbum "Eaten Alive", que foi produzido por ninguém menos que Barry Gibb (dos Bee Gees). A música, alegre e dançante,  descolou a posição de número 1, tanto na Inglaterra quanto na Austrália. "Baby Love" foi escrita pelo megaprodutor da Motown Records Holland–Dozier–Holland e foi gravada em 1964 para o segundo álbum das Supremes, "Where Did Our Love Go" (faixa que também está na coletânea). Este foi a segunda de cinco canções do grupo a alcançar a primeira posição tanto nos EUA (na Billboard Hot 100) quanto na Inglaterra (na UK Singles Chart). "You Can't Hurry Love" é de 1966 e mostra uma garota recordando os conselhos da mãe sobre ser paciente com relação ao amor; na canção, a mãe diz que o amor não deve ser apressado, mas ocorrer naturalmente.

Também escrita por Holland, o mestre da Motown, "Stop! In The Name Of Love" foi lançada em 1965 e chegou ao primeiro lugar na Billboard Hot 100. Ao longo dos anos, outros artistas a regravaram, dentre eles: Johnny Rivers, The Hollies, Nicki French e The Isley Brothers. "You Keep Me Hangin' On", para muitos, talvez seja apenas a canção de 1986 da britânica Kim Wilde, mas a original é esta, de 1966. Em ambas as épocas, a faixa galgou a primeira posição nas paradas de sucesso. 

última canção de Diana com as Supremes saiu em 1969, "Someday We'll Be Together". Em 1970, a cantora deixa o grupo para tentar uma carreira solo. Do seu primeiro LP,  emplaca "Ain't No Mountain High Enough", originalmente um hit nas vozes de Marvin Gaye e Tammi Terrell em 1967. A música, com elementos gospel e frases faladas em alguns momentos, conseguiu a primeira posição na Billboard R&B e na U.S. Cash Box Top 100. Satisfeita com o desempenho do primeiro disco, a Motown se apressou em lançar o segundo álbum de Diana, "Everything is Everything", em novembro do mesmo ano. Dele saiu "I'm Still Waiting",  que permaneceu na posição de nº 1 durante quatro semanas em 1971.

Embora não tenham marcado presença nas paradas e nem estejam presente nesta coletânea, outras faixas desse álbum merecem menção. A regravação de "The Long And Winding Road" (dos Beatles) ficou com uma interpretação muito bacana, além de um ritmo mais voltado para o Rhythm N´Blues, e instrumentação impecável. "I Love You (Call Me)", de Aretha Franklin, também ficou ótima; e a doce interpretação de "(They Long To Be) Close To You", de Burt Bacharah (cuja gravação mais conhecida é com os Carpenters), não fica devendo em nada para diversas outras gravações da canção ao longo dos anos.

No final da década de '70, Diana entrou na era Disco com "Upside Down", pelas mãos do famoso produtor Nile Rodgers, da banca Chic. A faixa foi um sucesso imediato, não somente nos EUA, como ao redor de todo o mundo. Na maioria das listagens, a música apareceu em primeiro lugar; dentre as poucas exceções estavam Espanha (15ª posição), Finlândia (3ª) e Canadá (5ª). Do mesmo LP saíram os hits "I'm Coming Out" e "My Old Piano". Depois veio "Why Do Fools Fall In Love", o primeiro LP de Diana pela gravadora  RCA. Deste álbum, além da faixa título, saíram "Mirror, Mirror", de Michael Sembello (responsável pelo sucesso "Maniac" do filme "Flashdance"), e "Work That Body", esta com a cara da banda Chic, o que evidencia a produção de Nile Rodgers também neste trabalho.

Com Marvin Gaye, Diana gravou um álbum inteiro em  1973, intitulado "Diana & Marvin". Dele, a coletânea traz "You Are Everything" e "Stop, Look, Listen (To Your Heart)", de  Thom Bell e Linda Creed, gravadas originalmente pelo grupo The Stylistics em 1971. Ambas ganharam um toque especial de sensualidade e delicadeza em duetos memoráveis, que marcaram as paradas de sucesso.

Este é, sem dúvida, um CD para você colocar para rodar e deixar-se levar.


CD 1
01- Chain Reaction    [03:48]
02- Baby Love    [02:36]
03- Where Did Our Love Go [02:34]
04- You Can't Hurry Love  [02:43]
05- Stop! In The Name Of Love [02:51]
06- You Keep Me Hangin' On    [02:44]
07- The Happening    [02:50]
08- Reflections      [02:51]
09- Love Hangover (Single Version)[03:44]
10- The Boss    [03:57]
11- Why Do Fools Fall In Love [02:56]
12- Mirror Mirror   [06:11]
13- Muscles         [04:37]
14- Work That Body    [05:01]
15- The Force Behind The Power [04:04]
16- Workin' Overtime  [04:18]
17- Take Me Higher    [04:18]
18- Until We Meet Again (Hex Hector Remix)[03:53]
19- Not Over You Yet    [04:03]
20- I'm Coming Out  [03:55]
21- Upside Down      [03:41]
22- My Old Piano      [03:53]

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CD 2

01- You Are Everything    [03:07]
02- Touch Me In The Morning    [03:25]
03- Do You Know Where You're Going to (Theme from ''Mahogany'')[03:21]
04- I'm Still Waiting    [03:43]
05- Ain't No Mountain High Enough    [03:29]
06- I'm Gonna Make You Love Me    [03:06]
07- Someday We'll Be Together     [03:24]
08- Remember Me    [03:29]
09- Stop, Look, Listen (To Your Heart)    [02:55]
10- Good Morning Heartache    [02:21]
11- It's My Turn    [03:56]
12- One Shining Moment   [04:45]
13- In The Ones You Love [04:16]
14- Your Love    [04:02]
15- The Best Years Of My Life [04:21]
16- Goin' Back    [03:38]
17- If We Hold On Together [04:08]
18- When You Tell Me That You Love Me [04:10]
19- Endless Love  [04:27]

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domingo, 11 de agosto de 2019

The Hollies - 20 Golden Greats (1978)

The Hollies é um grupo inglês de pop-rock de grande sucesso entre as décadas de '60 e '70, cujo vocal a três vozes marcou muito o cenário musical da época, e este CD traz diversas preciosidades.

A música "Bus Stop", por exemplo, gravada em 1966, alcançou a posição de nº 5 na Single Charts britânica e na Billboard Hot 100 americana. A letra conta como um rapaz conheceu uma garota ao oferecer-lhe abrigo sob seu guarda-chuva no ponto de ônibus. Eles começam, então, a conversar diariamente neste mesmo ponto e o amor floresce, a ponto de fazerem planos para uma vida a dois. Os versos "Bus stop, wet day/She's there, I say/Please share my umbrella/Bus stops, bus goes, she stays, love grows/Under my umbrella", simples porém de uma delicadeza inspiradora, mostrou um cotidiano que, de fato, pode acontecer  - um desses acasos que mudam pra sempre e para melhor a vida das pessoas -  e isso fez a canção cair no gosto do público.

A maravilhosa "He Ain't Heavy, He's My Brother", claro, não poderia faltar.  Escrita por Bobby Scott e Bob Russell e originalmente gravada por Kelly Gordon em 1969, "He Aint Heavy..." acabou sendo regravada pelos Hollies no fim daquele mesmo ano. A letra conta a estória de uma criança que caminha durante muito tempo, carregando seu irmão menor (que, provavelmente, ainda não sabe andar ou não pode). Quem o carrega sabe que a estrada é longa, mas ela é forte o suficiente para levá-lo, pois, afinal, trata-se de seu irmão: "The road is long/With many a winding turn/That leads us to who knows where/Who knows where/But I'm strong/Strong enough to carry him/He ain't heavy, he's my brother". A letra ressalta, ainda, que deveríamos nos sentir felizes pelo simples fato de amarmos uns aos outros.

A estória da música teria surgido através de um livro de parábolas escrito por James Wells, em 1884, onde uma garotinha, que carregava seu irmão ainda bebê, teria dito a alguém que lhe perguntara se ele não estaria muito pesado para ela: "Não, ele não está pesado, ele é meu irmão!". A música foi regravada ao longo dos anos por diversos artistas. Em 1988, Bill Medley, com sua voz poderosa, tornou-a famosa de novo ao gravá-la para o filme "Rambo III". Em 2012, artistas do naipe de Paul McCartney, Melaine C e Robbie Williams se reuniram para entoar a mesma canção sob o nome The Justice Collective, em tributo às vítimas do desastre ocorrido no estádio Hillsborough, na Inglaterra, onde pessoas foram esmagadas devido a superlotação, durante uma partida entre Liverpool e Nottingham Forest, em abril de 1989 (O relatório final realizado por um grupo independente a pedido do governo britânico só foi concluído em 2012, daí a origem tardia do single).

Também em 1969, o grupo alcançou as paradas de sucesso com "Sorry Suzanne", chegando ao terceiro lugar no Reino Unidos e em sexto na Austrália. Já nos EUA, ela ficou apenas na 56ª posição. "The Air That I Breathe", composta por Albert Hammond e Mike Hazlewood e gravada por Hammond em 1972, também é uma grande música. Trata basicamente do amor desesperado por uma garota e de solidão. Os Hollies regravaram a canção em 1974 e conseguiram a posição de número 6 na Billboard Hot 100.

Apenas uma faixa não deveria estar no CD: "Long Cool Woman" poderia ter cedido espaço a "Don't Let Me Down", de 1974. Mas todo o restante vale a pena. Não deixe de ouvir  "I Can't Tell The Bottom From The Top", "I'm Alive" e "Look Through Any Window".


01- The Air That I Breathe    [04:05]
02- Carrie Anne    [02:55]
03- Bus Stop     [02:54]
04- Listen To Me    [02:39]
05- Look Through Any Window     [02:17]
06- I Can't Let Go    [02:27]
07- Long Cool Woman In A Black Dress    [03:16]
08- Here I Go Again    [02:20]
09- I Can't Tell The Bottom From The Top    [03:52]
10- I'm Alive    [02:26]
11- Yes I Will    [02:57]
12- Stay    [02:14]
13- Sorry Suzanne    [03:01]
14- Gasoline Alley Bred    [03:56]
15- We're Through    [02:16]
16- Jennifer Eccles    [02:57]
17- Stop Stop Stop    [02:51]
18- On A Carousel    [03:13]
19- Just One Look    [02:29]
20- He Ain't Heavy, He's My Brother [04:17]


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Pholhas - Disco de Ouro (2002)

O grupo Os Pholhas surgiu quando Hélio Santisteban, Oswaldo Malagutti, Paulo Roberto Fernandes e Wagner Benatti se uniram, no final da década de '60, para formar um novo grupo com o objetivo de cantar apenas músicas em inglês. O primeiro compacto, pela RCA Vitor, "She Made Me Cry", saiu em 1970 e a baladinha romântica foi um estrondoso sucesso. Em 1972, "My Mistake" saiu em outro compacto. A estória trágica, escrita por Hélio e Oswaldo, sobre um rapaz que assassina sua esposa por ciúmes, envolta numa melodia romântica, vendeu mais de 450 mil cópias e permaneceu por dois meses em primeira posição nas paradas de sucesso. Foi o primeiro disco de ouro do grupo, o que culminou no álbum "Dead Faces", de 1973. Outras grandes composições se seguiram ao longo dos anos, a exemplo de "Forever", "I Never Did Before", "Shadow of Love", "Get Back" (não confundir com a dos Beatles) e "My Sorrow".

Em 1987, o grupo regravou alguns de seus principais hits para álbum "The Night Before". "My Mistake", em particular, acabou ficando melhor que a original, com mais peso na bateria, e "She Made Me Cry" de modo algum deixou a desejar. Também fizeram e gravaram uma versão em inglês para "Asa Branca", de Luiz Gonzaga, que virou "Wings", muito bem executada. Essas e outras pérolas regravadas estão nesta coletânea de 2002, que ainda inclui a lindíssima "Sunday Morning", composta por Hélio e Paulo Fernandes, e regravações de diversos clássicos da música mundial, como "Have You Ever Seen The Rain" (do Credence Clearwater Revival), "Skyline Pigeon" (de Elton John), "Listen To The Music" (dos Dobbie Brothers),  "I Started a Joke" (dos Bee Gees), dentre vários outros. 

É para ouvir do começo ao fim.


01- The Night Before   [03:44]
02- My Mistake    [03:17]
03- Sunday Morning    [03:9]
04- All By Myself        [04:48]
05- Wings (Asa Branca)  [03:37]
06- Have You Ever Seen The Rain    [02:28]
07- Song For John    [03:35]
08- Remember The Park    [02:52]
09- Listen To The Music    [03:18]
10- She Made Me Cry    [03:12]
11- Love You So Much    [03:03]
12- You' Re My Sky    [03:9]
13- Skyline Piggeon    [03:40]
14- True Love    [03:31]
15- I Started A Joke    [03:09]


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domingo, 4 de agosto de 2019

Renato & Seus Blue Caps - Um Embalo Com Renato e Seus Blue Caps (1966)

Este álbum de Renato e Seus Blue Caps teve grande influência dos Beatles, cujo sucesso estava no auge. Esse é o motivo das versões de diversas de suas músicas que a banda decidiu incluir no LP, dentre elas "You Won't See Me", "My Baby Don't Care" e "Run For Your Life". Mas há, claro, composições próprias muito boas, e "Primeira Lágrima" é o melhor exemplo disso!

Pra ouvir do começo ao fim e recordar a época!


01- Meu Bem Não Me Quer (My Baby Don't Care)    [02:06]
02- Pra Você Não Sou Ninguém (Look Thru Any Window)    [02:42]
03- Até o Fim (You Won't See Me)    [03:21]
04- Sim, Sou Feliz    [02:25]
05- Gosto de Você (Tell Me What You See)    [02:44]
06- Perdi a Esperança    [03:15]
07- Primeira Lágrima    [03:10]
08- Dona do Meu Coração (Run For Your Love)    [02:05]
09- Não Te Esquecerei (California Dreamin')    [02:34]
10- Vivo Só (For Your Love)    [02:06]
11- Não Quero Ver Você Chorar    [02:38]
12- A Garota Que Eu Gosto    [01:38]


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quarta-feira, 31 de julho de 2019

Chico Buarque - O Sambista (2000)

É difícil reunir num só CD as melhores canções de Chico Buarque de Hollanda. Esta coletânea, então, colocou os holofotes sobre os sambas gravados pelo cantor. Em 1970, por exemplo, ao retornar do exílio de um ano na Itália, Chico acreditou realmente que encontraria um Brasil melhor. Que nada. A ditadura ainda corria solta! Decepcionado, compôs e gravou o samba "Apesar de Você". 

Aparentemente falando de uma dor de cotovelo, de um amor desfeito ("Apesar de você /Amanhã há de ser um novo dia"), a música trazia, na verdade, uma pesada crítica à repressão que o país vivia. Curiosamente, a aparente estória de uma briga de casal fez o governo deixar a música passar batida pela censura e  estourar nas rádios! Depois de alguns meses, caiu a ficha: os versos "(...) Hoje você é quem manda/Falou, tá falado/Não tem discussão, não (...)" e "(...) Você que inventou esse Estado/Inventou de inventar/Toda escuridão/Você que inventou o pecado/Esqueceu-se de inventar o perdão (...)" não pareciam, de fato, sobre uma simples discussão de casal. O governo revoltou-se, mandou recolher e destruir todos os discos das lojas. Mas muito já havia sido vendido: cerca de 100 mil cópias. O sucesso já estava feito!

Na mesma linha veio "Meu Caro Amigo", em 1976. Composta pelo próprio Chico e por Francis Hime, a música é um recado para o teatrólogo Augusto Boal, que estava em exílio em Portugal .Boal queria notícias do Brasil e a dupla enviou uma fita cassete com a música para ele. Os versos nem disfarçavam: "(...) Aqui na terra tão jogando futebol/Tem muito samba, muito choro e rock'n'roll/Uns dias chove, noutros dias bate sol/Mas o que eu quero é lhe dizer que a coisa aqui tá preta /(...) Muita careta pra engolir a transação/E a gente tá engolindo cada sapo no caminho/E a gente vai se amando que, também, sem um carinho/Ninguém segura esse rojão (...)". Apesar da letra, a música, misteriosamente, não foi censurada.

Já em 1984, a espetacular "Vai Passar", um samba-enredo também em parceria com Francis Hime, comemorava o movimento "Diretas-Já" e a redemocratização do país: "Vai passar/Pela avenida o samba popular (...)/Ai que vida boa olerê, ai que vida boa olará (...)".  Do mesmo álbum, "Pelas Tabelas" mistura esse mesmo sentimento com a procura por "ela" em meio a multidão - que, aqui, pode nem ser uma pessoa; é mais provável que "ela" seja a democracia: "Ando com a minha cabeça já pelas tabelas /Claro que ninguém se toca com minha aflição /Quando vi todo mundo na rua de blusa amarela/Eu achei que era ela puxando um cordão (...)".

O CD traz também a bem-humorada "Deixe a Menina" e uma parceria com Vinícius de Moraes, "Samba de Orly", que também cutucava a ditadura brasileira.


01- Feijoada Completa    [02:51]
02- Acorda Amor    [02:22]
03- Samba de Orly    [02:41]
04- O Meu Guri    [03:58]
05- Samba do Grande Amor    [02:08]
06- Homenagem ao Malandro    [02:59]
07- Meu Caro Amigo    [04:13]
08- Cotidiano    [02:49]
09- Pelas Tabelas    [04:22]
10- Desalento    [02:48]
11- Deixe A Menina    [02:45]
12- Almanaque    [03:29]
13- Apesar de Você    [03:51]
14- Vai Passar    [06:03]


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quarta-feira, 24 de julho de 2019

Simon & Garfunkel - Sounds of Silence (1966)

O primeiro álbum da dupla de folk music Simon & Garfunkel não foi necessariamente um sucesso. A Columbia Records, interessada no que o produtor Tom Wilson viu e ouviu em algumas apresentações, decidiu contratá-los e, em 1964, saiu "Wednesday Morning, 3 A.M.", que tinha "The Sounds of Silence" entre suas faixas. No entanto, de início, nenhuma das faixas chamou a atenção do público. Mas, ao longo de 1965,  "The Sounds of Silence" começou a ser executada em algumas rádios de Boston. Tom Wilson, vendo isso, resolveu levar a faixa para o estúdio novamente, acrescentou bateria e guitarra elétrica, sobrepôs vozes e instrumentos, e mudou o nome para "The Sound of Silence" (sem o "s" do "Sounds"), lançando-a como single em setembro daquele ano. Em janeiro de 1966, finalmente, a música entrou para a número 1 na Billboard Hot 100.

Entusiasmada com o sucesso, a Columbia solicitou à dupla um segundo álbum, dessa vez incluindo a versão do hit contida no single, e outras 10 faixas mais. Por causa da pressão para que o LP saísse logo, consta que Paul Simon não teria ficado totalmente satisfeito com o disco, embora o desempenho da dupla não tenha sido comprometido. Do álbum "Sounds of Silence", os destaques ficam por conta de  "I Am a Rock" (que figurou na posição de número 3 na Billboard Hot 100 americana), "Leaves That Are Green" e "A Most Peculiar Man".

"Blessed" tentou fugir um pouco do folk tradicional, adicionando um pouco mais de rock à sonoridade; "We've Got a Groovy..." lembra bem o estilo dos Everly Brothers, que inspirou Simon &  Garfunkel desde o início da carreira; já "Richard Cory" poderia ter ficado de fora.

Raridade.


01- The Sound Of Silence    [03:05]
02- Leaves That Are Green    [02:23]
03- Blessed    [03:14]
04- Kathy's Song    [03:18]
05- Somewhere They Can't Find Me    [02:37]
06- Anji    [02:14]
07- Richard Cory    [02:56]
08- A Most Peculiar Man    [02:31]
09- April Come She Will    [01:50]
10- We've Got A Groovey Thing Goin'    [01:58]
11- I Am A Rock    [02:50]


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segunda-feira, 8 de julho de 2019

Biafra - Despertar (1981)

O cantor Biafra (atualmente grafado como Byafra, com "y") conheceu o sucesso com este álbum, lançado em 1981, o terceiro de sua carreira. Com ele, ganhou o seu primeiro Disco de Ouro, graças às mais de 100 mil cópias vendidas. Lançado pela CBS (atual Sony Music), a faixa "Leão Ferido" se tornou um tremendo sucesso, alavancando as vendas do disco. 

Pouco depois, outra canção ficaria conhecida, por entrar para a trilha da novela "Jogo da Vida", da Rede Globo: "Vinho Antigo".

Álbum raríssimo.


01- Leão Ferido   [04:59]
02- Despertar       [02:33]
03- Sina de Cantador    [03:13]
04- Ave da Paz    [03:28]
05- Sai Desse Vazio    [02:42]
06- Vinho Antigo        [03:41]
07- Voa, Bicho    [04:10]
08- Tudo de Mim    [03:12]
09- Qualquer Estrada    [03:28]
10- Três Palavras    [03:26]


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sábado, 6 de julho de 2019

Carole King - Her Greatest Hits: Songs of Long Ago (1978)

Esta é uma coletânea da artista lançada, originalmente, em 1978, mas com várias reedições ao longo dos anos. O álbum abrange sucessos entre os anos de 1971 e 1976, incluindo a infalível "It's Too Late" e  a belíssima "So Far Away".

Álbum para ouvir inteiro.


01 - Jazzman    [03:49]
02 - So Far Away    [03:59]
03 - Sweet Seasons    [03:19]
04 - Brother, Brother    [03:03]
05 - Only Love Is Real    [03:35]
06 - I Feel The Earth Move    [03:02]
07 - It's Too Late    [03:56]
08 - Nightingale    [03:40]
09 - Been To Canaan    [03:40]
10 - Corazón    [03:44]
11 - Smackwater Jack    [04:00]
12 - Believe In Humanity  [03:21]


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Metrô - Olhar (Edição Comemorativa 30 Anos) (2016)

O LP, lançado originalmente em 1985 ganhou, há alguns anos, esta edição comemorativa com vários bônus ao vivo (gravado durante a turné da banda em 1985) e versões remixadas. O Metrô, formado inicialmente por Virginie Boutaud (que, em 1986, deixaria a banda para formar o seu Virginie e O Fruto Proibido), Dany Roland, Alec Haiat, Yann Laouenan e Xavier Leblanc, invadiu as FMs quando lançaram, em 1983, o compacto "Beat Acelerado". Os versos "Coração ligado, beat acelerado / Coração ligadooo, beat acelerado" grudava na cabeça das pessoas e não havia um que não soubesse cantar a música dessa banda meio rock, meio new wave. 

Curiosamente, a gravação original era, na verdade, uma bossa nova mas, para o compacto, foi regravada como um pop-rock, mais "comercial" e mais semelhante ao de outros grupos do momento, como Rádio Taxi e Zero. Foi o que vingou! A canção sobre uma garota que houve da mãe que já estava na hora de ela se casar não parava de tocar! O sucesso rendeu um contrato com a CBS Records (atual Sony Music) para um álbum inteiro, o "Olhar", que emplacou diversos outros hits: "Cenas Obscenas", "Ti Ti Ti" (que foi tema de abertura da novela homônima da Rede Globo), "Tudo Pode Mudar" (dos famosos versos "E no balanço das horas tudo pode mudar/Eu acho que ele não vem (não, não, não, não)"), e "Johnny Love". O álbum inclui a versão bossa nova de "Beat Acelerado" (rebatizada de "Versão II").

Com a saída de Virginie, a banda não conseguiu emplacar as vendas de seu segundo álbum, "A Mão de Mao". Em 2002, o grupo se reuniu novamente para um novo álbum, "Deja Vu" e, entre 2016 e 2017, lançou mais dois singles, "A Vida é Bela, Lalaiá" e "Dando Voltas no Mundo".

Álbum raríssimo.


CD 1

01- Olhar    [04:18]
02- Cenas Obscenas    [04:25]
03- Johnny Love    [04:53]
04- Sândalo de Dândi    [03:56]
05- Melodix    [02:17]
06- Beat Acelerado (Versao II)    [01:15]
07- Tudo Pode Mudar    [03:36]
08- Hawaii-Bombay    [04:0]
09- Solução    [02:57]
10- Stabilo    [03:21]
11- Que Loucura!    [03:23]
12- Ti Ti Ti    [03:01]
14- Beat Acelerado (Bônus)    [03:49]
14- Ti Ti Ti (Dance Mix) (Bônus)    [04:29]
15- Johnny Love (Bônus)(versão para o filme homônimo) [04:41]
16- Beat Acelerado (Remix por DJ Zé Pedro) [03:54]

Download CD1


CD 2

01- Tudo Pode Mudar (Ao Vivo em Cruzeiro)    [05:06]
02- Beat Acelerado (Ao Vivo Jaú)    [06:46]
03- Sândalo de Dândi (Ao Vivo Jaú)    [08:43]
04- Olhar (Ao Vivo Cornélio Procopio )    [06:48]
05- Johnny Love (Ao Vivo Recife)    [07:27]
06- Cenas Obscenas ( Ao Vivo Tupã)    [04:33]
07- Stabilo ( Ao Vivo Tupã)    [03:19]
08- Melodix (Ao Vivo Recife)    [04:56]
09- Tudo Pode Mudar (Demo 1984) (Bônus)    [03:38]
10- Sândalo de Dândi (Demo 1984) (Bônus)    [03:02]
11- Eu Digo Stop (Demo 1984) (Bônus)    [03:54]

Download CD2

segunda-feira, 24 de junho de 2019

Fafá de Belém - Fafá (1989)

Gravado em outubro de 1989, este álbum lançou, pelo menos, três grandes sucessos. O maior deles, sem dúvida, foi "Nuvem de Lágrimas", com Chitãozinho e Xororó. O refrão forte das vozes de Fafá  e da dupla sertaneja ainda ecoam na cabeça de muitos que vivenciaram a época: "Aaaah, jeito triste de ter você/ Longe dos olhos e dentro do meu coração/Me ensina a te esquecer/Ou venha logo e me tire dessa solidão". A faixa também fez parte do LP "Cowboy do Asfalto" da dupla, lançado em 1990. Como o álbum da cantora saiu quase um ano antes, "Nuvem de Lágrimas" já havia ficado conhecida quando "Cowboy do Asfalto" chegou às lojas, o que gerou encomendas antecipadas de um milhão de cópias! Também pudera: Fafá de Belém estava no auge da carreira, e também Chitãozinho e Xororó ´galgavam as paradas, lançamento após lançamento. O resultado só poderia ser dos melhores.

Além desse estrondoso hit, outra canção, impulsionada pela novela "Tieta", da Rede Globo, se tornou um sucesso: "Coração do Agreste". A música fala da trajetória da personagem principal da trama, a própria Tieta, vivida por Betty Faria; é um olhar interiorizado, uma reflexão sobre seus amores e suas mágoas. Esta foi uma das composições mais famosas de seu autor, Moacyr Luz, em parceria com Aldir Blanc.

Falando em compositores, o álbum traz, pelo menos, três duplas de compositores feras: Michael Sullivan e Paulo Massadas, José Augusto e Paulo Sérgio Valle, e Carlos Colla e Marcos Valle. Dos dois primeiros, temos "Amor Cigano" e "Coisas Mais Loucas". "Amor Cigano" abre o disco e letra e música casaram muito bem com a voz poderosa da artista; difícil pensar em outra pessoa entoando "Vida minha, vida minha, meu amor cigano/Como posso me enganar, fingir que não te amo". Já "Coisas Mais Loucas" revela uma mulher completamente apaixonada, que fez loucuras pelo seu amor, mas que agora a deixou, e canta em sofrimento: "Como te esquecer se eu já me acostumei? / Com teu olhar, a tua voz, a tua mão".  

Carlos Colla e Marcos Valle nos brindam com "Será" (nada a ver com a música homônima do grupo de rock Legião Urbana), que já valeria só pelo solo de sax; não satisfeitos, fizeram também uma excelente canção, num clima menos de sofrência (como nas anteriores) e mais de saudades (ardentes, é verdade, porém saudades). Também é da dupla "Eu Preciso de Você na Minha Vida" que, coincidência ou não, também tem um par de sax, desta vez na introdução, belissimamente executados por Zé Carlos e Milton Guedes. 

E, finalmente, José Augusto e Paulo Sérgio que, apesar de compositores de peso, não conseguiram tirar o melhor proveito desta "Só Pra Te Ver Feliz" (mas que se redimiram maravilhosamente bem ao oferecerem a  Chitão e Xororó a fenomenal "Evidências" para o LP  "Cowboy do Asfalto").

Fafá de Belém também quis apostar numa releitura de "Chorando se Foi", apesar de a música  já ter sido muito "batida" nas vozes do grupo Kaoma e de Margareth Menezes. Ficou Ok. Apenas Ok. 

CD raríssimo; para ouvir do começo ao fim.


01- Amor Cigano  [04:43]
02- Será    [04:39]
03- Nuvem de Lágrimas    [04:16]
04- Volta Logo    [04:23]
05- Só Pra Te Ver Feliz    [04:15]
06- Chorando Se Foi (Llorando Se Fue)    [03:25]
07- Coração do Agreste    [04:18]
08- Coisas Mais Loucas    [04:29]
09- Conversa Bonita    [03:43]
10- Eu Preciso de Você Na Minha Vida    [04:26]
11- Ninguém Vive Sem Amor  [04:40]
12- Nova Delhi    [03:57]


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sábado, 22 de junho de 2019

Orchestral Manoeuvres In The Dark (OMD) - Sugar Tax (1991)

Andy McCluskey e Paul Humphreys formaram o Orchestral Manoeuvres In The Dark (ou, simplesmente, OMD) em 1978. Junto com Martin Cooper e  Stuart Kershaw lançaram, em 1979, o primeiro single, entitulado "Electricity", que acabou ganhando popularidade ao longo do ano seguinte. Em 1981, com o primeiro LP na praça, o grupo conseguiu certo reconhecimento, e desde então, não pararam mais, trazendo eletrônico de qualidade ao longo dos anos. Este "Sugar Tax", de 1991, é o álbum que tornou famosa a música "Pandora's Box", tanto em FMs quanto em pistas de dança - e você, provavelmente, já cantarolou seus versos: "And it's a long, long way (long way)/ From where you want to be / And it's a long, long road (too long) /But you're too blind to see". A inspiração para a faixa veio do trabalho da atriz americana Louise Brooks, que estrelou o filme alemão homônimo em 1929. O OMD fez uma homenagem a ela, embora a frase "Pandora's Box" nunca seja mencionada. 

O filme, meio pesado para a época, tratava de costumes sexuais muito "modernos", retratando também o lesbianismo. Brooks conseguia explorar seu lado sedutor nas telas como ninguém, o que foi motivo de severas críticas, mas projetou a atriz para outros trabalhos na Europa. A música narra um pouco da história de Brooks, começando pela cidade onde nasceu e seu retorno para Nova York depois desses trabalhos: "Born in Kansas/On an ordinary plain/Ran to New York/But ran away from fame".

O videoclipe da música traz cenas do filme, feito em preto-e-branco, além de legendas pontuais que narram sua trajetória. "Pandora's Box", o segundo single desse álbum, atingiu a sétima posição na Áustria, sétima no Reino Unido e a 11ª na lista Hot Dance Club Play dos EUA.

O primeiro single foi "Sailing On The Seven Seas", bem bacana, cujo desempenho foi melhor nas paradas, conquistando a sétima posição nos EUA, terceira no Reino Unido, e nona na Alemanha. O terceiro single, embora uma faixa mais lenta e bem feita, era muito diferente das duas anteriores e, talvez por isso, falhou terrivelmente. Também o single seguinte, "Call Your Name", a despeito de sua semelhança com "Pandora's Box", falhou igualmente.

O saldo do álbum, no entanto, é positivo e vale ser ouvido. Não deixe de ouvir "Speed of Light" e "All That Glitters". Ah, a lenta "Was It Something I Said" também é legalzinha. CD raro.


01- Sailing On The Seven Seas    [03:46]
02- Pandora's Box    [04:10]
03- Then You Turn Away    [04:17]
04- Speed of Light               [04:29]
05- Was It Something I Said  [04:30]
06- Big Town    [04:20]
07- Call My Name  [04:24]
08- Apollo XI         [04:13]
09- Walking On Air    [04:51]
10- Walk Tall        [03:56]
11- Neon Lights    [04:19]
12- All That Glitters    [04:05]


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Vários - Wave's History Vol. 1 (1997)


Este é mais um "bootleg" que circulou pelas lojas de CDs no final da década de 90. O legal é que trouxe versões bem bacanas (e estendidas) de músicas que viraram hits entre os anos 80 e 90. Um bom exemplo disso é a imperdível  "I Was Born To Love You", do mestre Freddie Mercury. A versão encontrada aqui é a que saiu no single do artista que, ao invés de começar com os vocais de Freddie, começa com um "fade-in" de teclado.

Outra faixa bacana é a do The Cure, com "Boys Don't Cry" que, aqui, começa com a introdução tradicional, mas sem alguns instrumentos, que vão surgindo à medida que o "loop" avança, o que nos rende mais de 1 minuto de instrumental inicial.  

A banda norte-americana R.E.M.aparece em duas faixas: em "Shiny Happy People", e em "Losing My Religion". Nesta última, o remix sobrepôs a bateria original com uma batida dance, usando ainda a introdução de "Radio Song" nos primeiros segundos da música.  Há ainda a versão original de "Just A Gigolo /I Ain't Got Nobody", do ex-Van Halen David Lee Roth.

E para quem está acostumado à versão original (e lenta) de "Forever Young" (do grupo Alphaville), experimente esse remix dançante de 6 minutos. Ah, e ouça também "Duel", da banda Propaganda.

Raridade. Vale a pena!


01 - Propaganda - Duel (Extend Mix)    [07:36]
02 - Alphaville - Forever Young (Dance Version)    [06:12]
03 - The The - Incertain Smile    [06:47]
04 - The Cure - Boys Don't Cry (Extend 12" Dance Version)    [05:31]
05 - Talking Heads - Wild Wild Life (Extend Mix)    [05:33]
06 - Freddie Mercury - I Was Born To Love You (Long Version)   [07:06]
07 - Daril Hall & John Oates - I Can't Go For That (DMC Remix) [07:01]
08 - R.E.M. - Losing My Religion (DMC Remix)    [06:08]
09 - David Lee Roth - Just A Gigolo /I Ain't Got Nobody    [04:42]
10 - The Go-Go's - Head Over Heels  [03:39]
11 - Devo - That's Good    [03:28]
12 - R.E.M. - Shiny Happy People (Music Mix)   [04:48]
13 - Matt Bianco - Ralf A Minute (Samba Mix)    [04:43]

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Paul Young - The Secret Of Association (1985)

Este é, sem dúvida, o melhor álbum do inglês Paul Young, e também um dos melhores da década de 80.  Depois do sucesso de seu álbum de estréia, "No Parlez", de 1983, Paul veio com este em 1985, recheado de pop-rock de qualidade. O primeiro single do álbum, escrito por Daryl Hall (da dupla Hall & Oates), "Every Time You Go Away", tornou-se um estrondoso hit chegando, em pouco tempo, à primeira posição da Billboard Hot 100 nos EUA, e alcançando o nº 4 no Reino Unido. Inédita para a maioria do público, "Every Time You Go Away" já havia sido gravada pelos próprios Hall & Oates em 1980, sem grande repercussão. A grande sacada da regravação de Paul é que esta utilizou sintetizadores e piano (em lugar do órgão da original), e incluiu guitarras acústicas e uma guitarra elétrica que imita o som da sitar indiana. Os backing-vocals ao estilo The Temptations também marcaram a canção, contando com a participação de Jimmy Chambers e George Chandler (dentre outros) que, mais tarde, formariam os Londonbeat, grupo de Soul/Dance.

Desse álbum, também destacam-se "I'm Gonna Tear Your Playhouse Down" (o segundo single do LP), "Bite The Hand That Feeds" e "Everything Must Change" (cuja bateria eletrônica é exatamente a mesma de "Every Time You Go Away"). Mas há também canções que não deveriam estar ali. É o caso de "Soldier's Things", muito longa e sinistra para estar neste álbum.

CD raríssimo, a edição disponibilizada  aqui é uma edição estendida lançada em 2010, que inclui alguns "extended remixes" de algumas músicas e versões ao vivo.


01- Bite The Hand That Feeds    [04:30]
02- Every Time You Go Away    [04:17]
03- I'm Gonna Tear Your Playhouse Down    [05:07]
04- Standing On The Edge    [04:33]
05- Soldier's Things    [06:21]
06- Everything Must Change    [05:36]
07- Tomb Of Memories    [03:54]
08- One Step Forward    [03:42]
09- Hot Fun    [04:27]
10- This Means Anything    [03:15]
11- I Was In Chains    [05:43]
12- I'm Gonna Tear Your Playhouse Down (Extended)    [9:18]
13- Everything Must Change (Extended Mix)    [08:27]
14- Give Me My Freedom    [03:25]
15- Everytime You Go Away  (Extended Version)   [05:25]
16- Tomb Of Memories (12 Mix)    [05:44]
17- Man In The Iron Mask    [03:13]
18- Bite The Hand That Feeds (Live At The Hammersmith Odeon)    [04:15]
19- No Parlez (Live At The Hammersmith Odeon)    [04:34]


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